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O MUNDO QUE TEM CONSCIÊNCIA


Por: João Bruno Dacome Bueno
Data: 02/06/2021
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Você lê este texto em um jornal de papel ou pela tela do celular? O papel agora é só para os românticos, nostálgicos, quem sabe para necessidades fisiológicas?

As novas redes de comunicações trouxeram facilidades para a nossa era, falo da internet, mas o diagnostico somente o tempo poderá contabilizar.

Por exemplo, lembra de quando surgiu a comida industrializada, fast food, tudo “devidamente” processado? Todos aderiram a revolução alimentar, mas somente hoje os resultados são perceptíveis. Adultos com pressão alta, colesterol, cálculo renal, diabetes e outras doenças, mas a comida abundou e a fome diminuiu. E as crianças? Obesas são a nova “Geração Z”, fadada a morbidade?

Junte alimentos ricos em conservantes artificiais e sódio com um computador que cabe na palma da mão e entregue isto para seus filhos. Quem se importa? O que importa é a paz que isto nos traz.

Na década de oitenta, duas televisões em casa era coisa rara, agora a maioria tem sua própria tela, assiste ao que quer, quando quer e onde quiser. De preferência, com um pacote de chips ou aquela bolacha com um refrigerante de dois litros “zero” açúcar. 

O processo de evolução da cadeia alimentar é uma das maiores implicações da sobrevivência humana, que foi parcialmente superado com produção de alimentos em larga escala, mas agora, todo este lazer e morbidade são propulsionados aparelhos eletrônicos e a internet.

Passado algum tempo, sim, agora sabemos o valor de uma alimentação saudável. Desde a verdura do quintal da vó, do leite que o vô deixava em casa uma vez por semana, a carne de um bom frango caipira, a polenta do milho colhido na hora ou o queijo fresco comprado na feira. 

Será que agora também é chegada a hora de valorizar o relacionamento pessoal acima do virtual? A conversa na hora do almoço ou tradicional café da tarde em família? Relações humanas em carne e osso?

Ambas evoluções, a alimentar e a internet, já possibilitaram benefícios e trouxeram a capacitação humana de sobreviver e desenvolver padrões mínimos de qualidade de vida. Enquanto algumas pessoas ainda se preocupam com o próximo iPhone, outras nunca perderam ou já recuperaram valores básicos do real relacionamento.

Seja o alimento processado ou os vídeos na internet que consumimos diariamente, quando utilizados com inteligência trazem os benefícios e contribuem para uma humanidade mais lúcida e saudável.

O segredo é o conhecimento e a capacidade de pensar. Sair da bolha que as redes de comunicações estabelecem, cujos algoritmos criam padrões, coletividade, simplificação da mente e facilitam a monopolização.

Nova eras surgem e é possível que nossa geração esteja vivenciando uma guerra não declarada, mas prevista, a temível guerra biológica. Terceira Grande Guerra? O fato é que, milhares de mortes não podem passar em branco. As grandes guerras sempre foram causadas por más pessoas, mas também um presságio da necessidade da evolução humana. Não podemos nos tornar uma simples estatística nas mãos de quem monopoliza as informações e o capital.

Melhor do que apenas assistir, é resistir e participar. Antes éramos simples expectadores em frente à televisão, agora o acesso ao conhecimento é farto e podemos direcionar e interagir com todo o mundo.

A consciência é a única forma de superar os obstáculos colocados pelos grandes (GAFAM – Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft). Quando você abre o seu computador e entra no navegador, as informações são selecionadas para limitar sua capacidade de questionar. Eles não querem que você tenha consciência.

 

Vide o livro: O MUNDO QUE NÃO PENSA. Franklin Foer.

Vide matéria: https://www.youtube.com/watch?v=nj22l1gIll8 (BBC NEWS – O que são os algoritmos e como eles aprendem com você).

 

João Bruno Dacome Bueno.

João Bruno Dacome Bueno

Artigos assinados por João Bruno Dacome Bueno


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