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Junho Vermelho: doar sangue um ato de cidadania e amor


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 24/06/2021
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Em tempos de pandemia, onde o isolamento social é fortemente defendido, somado aos meses frios de junho e julho, quando caem as temperaturas, e as pessoas podem a vir a ter mais doenças respiratórias, contribuem para que as pessoas não saiam de casa, e parem de doar sangue. Com isso os hemocentros de todo o país, estão com os seus estoques muito baixos.

            Ora, o sangue não é algo que se possa comprar ou fabricar, não existe um substituto para ele, é necessário contar com a solidariedade das pessoas. E alguns fatores podem atrapalhar como medo, falta de informação, mitos, e a falta de cultura de doar sangue, em outros países existe um costume de doar, aqui no Brasil não. Elas doam porque um familiar ou um amigo próximo precisa, e depois não voltam mais a doar.

            Doar sangue vai muito além de ser um ato de amor, deveria ser também um ato de cidadania, pois salva vidas. A transfusão sanguínea é uma estratégia de tratamento para várias doenças clínicas ou cirúrgicas, e é de vital importância.

            Todos os dias existem pessoas que necessitam de sangue, para poderem continuar vivos. Qual tipo de sangue? Todos os tipos, desde o mais comum até o mais raro. Certamente o seu tipo de sangue, será o tipo certo para uma pessoa.

            O ideal seria que 5% da população fossem doadoras de sangue, para suprir as necessidades dos hemocentros espalhados no país, porém, apenas cerca de 1,5 a 1,8% o fazem, e esta taxa tem caído drasticamente.

            Você sabia que quando você doa sangue é tirado cerca de 450 a 500 ml, e esta quantia pode salvar a vida de 4 pessoas? A quantidade retirada é rapidamente e facilmente reposta pelo organismo, em até 72 horas.

            É muito fácil doar, não doí, e é seguro. Todos os hemocentros estão equipados, seguem normas rigorosas de higiene e segurança, e com a pandemia a etiqueta respiratória e o distanciamento é respeitado, fique tranquilo. Todo o material utilizado para a coleta é individual, descartável e estéril.

            Para doar é necessário estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos; pesar no mínimo 50 kg; ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas; estar alimentado, evitar comer comidas gordurosas nas 4 horas que antecedem a doação; e apresentar um documento original com foto recente; e não ingerir álcool nas 12 horas que antecedem a doação.

            Para menores de 18 anos, é necessário o consentimento dos responsáveis. O modelo estará disponível no hemocentro.

            Se você teve covid-19, pode doar só depois de 30 dias da cura. Pessoas que têm doenças como hepatites B e C, HIV, doença de Chagas, doenças causadas pelos vírus HTLV 1 e 2, quem tem malária ou utiliza drogas ilícitas, não podem doar.

            Existem alguns impedimentos temporários, são eles: amamentação, mulheres que amamentam só podem doar após 12 meses após o parto; ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes da doação; pessoas com tatuagens e ou piercing só podem doar depois de 12 meses; extração dentária só depois de 72 horas; se a pessoa foi exposta a alguma situação de risco para doenças sexualmente transmissíveis, devem aguardar 12 meses após a exposição.

            Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto, não podem doar temporariamente.

            Os homens podem doar 4 vezes por ano com intervalo de 60 dias entre as doações e as mulheres podem doar 3 vezes por ano, respeitando o intervalo de 90 dias entre as doações.

             Doar não emagrece e nem engorda, e muito menos afina o sangue, são mitos.

            Enfim, doar sangue é nobre, é um ato de solidariedade e amor para com próximo, e também um ato de cidadania. Não sabemos o dia de amanhã, se vamos precisar de sangue para sobreviver. Por isso doe sangue. E salve vidas.

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Enfermeira Obstetra e Especialista em Fisiologia Humana

 

           

           

           

           

 

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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