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A santidade do círculo familiar


Por: Carlos Roberto Lima
Data: 26/04/2021
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“..., porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher],
e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”.

Marcos 10:6-9

 Existem na vida coisas que consideramos nossas, mas são de Deus. A família é uma dessas coisas. Embora consideremos nossa, a família é uma instituição criada por Deus e é algo santo aos olhos do Senhor.

Sendo algo santo, é de se esperar que há regras cruciais que devem ser seguidas para que funcione bem. Uma dessas regras, é que quem dirige, opina e decide, é o marido e a esposa.

O casamento é um convite ao homem e a mulher para deixarem a liderança do pai e da mãe e assumirem o domínio da própria vida. É o desmembramento de duas pessoas da família de origem para darem início à uma nova família.

A teoria da formação da família é linda. Se não fosse dolorosa a prática dessa teoria, as famílias não sofreriam tanto como vemos nos dias atuais. Um dos motivos para o desgaste das famílias, principalmente os casamentos, é a intromissão de parentes, opinando, decidindo, persuadindo marido e mulher a tomar decisões, às vezes, até humilhando a jovem esposa ou até mesmo o marido recém-casado.

Aí é hora de perguntarmos. Até que ponto os parentes podem interferir na vida de uma família?

O texto bíblico que lemos acima, diz que o marido deixa pai e mãe. Isso subentende que a mulher também deve deixar pai e mãe para que haja a união de uma só carne, sugerida por Deus.

Deixar pai e mãe, muito longe de ser abandonar pai e mãe, é deixar de levar problemas pessoais, financeiros e, inclusive, problemas familiares, para os pais e parentes. Por essa razão, pessoas imaturas não deveriam se casar. Então, nosso primeiro ponto de partida, é que os recém-casados entendam que os problemas da família serão resolvidos por eles mesmos. Não deverão reclamar um do outro para pai, mãe, tio, tia, primos ou amigos íntimos.

É dever deles conversarem um com o outro e encontrar a melhor solução para os problemas. Às vezes, por estar com raiva, um dos cônjuges fala do problema para alguém, mas a pessoa que vai ouvir o problema, será imparcial, porque é parente, amigo, etc. Então, sempre que alguém tira o problema de dentro de casa e coloca no colo de outra pessoa, ela está abrindo a porta do casamento para outra pessoa entrar. E quem reclama, nem sempre conta os próprios erros. O reclamar para os outros é mais fácil que olhar nos olhos do cônjuge e abrir o coração.

A solução é conversar com o cônjuge, porque vocês são a família. Evitem fugir para a casa da mãe e do pai quando há discussão em casa. Os casais têm casa. Não devem sobrecarregar pai e mãe com esse tipo de situação. E quando existe esse tipo de fuga, cria-se um padrão que será seguido sempre que algo dá errado em casa. Além de não tratar o problema, tem que envolver os parentes na confusão.

É disso que Jesus falou. Ele disse que não é para os parentes se intrometerem no casamento dos outros. Às vezes, isso acontece porque marido e mulher dão essa oportunidade.

E quando o parente vem bisbilhotar, fazendo perguntas do tipo “fulano é bom pra você?”, “fulana é tranquila contigo?”. É dever do marido ou a mulher dizer à pessoa que perguntou, que isso não é problema dela.

Tão errado como alguém tentar entrar na vida dos outros, é permitir que alguém entre no casamento.

Enfim, resolver os problemas alheios é fácil. Difícil é encarar os próprios problemas e decidir resolvê-los.

Se você ama a sua família, aceite o conselho de Jesus; deixe pai e mãe e se dedique ao seu cônjuge e seus filhos, se os tiver.

Que Deus lhe abençoe,

Um abraço.

Pr. Carlos Roberto Lima

Carlos Roberto Lima


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