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A pandemia, as eleições e o Ministério Pastoral


Por: Luciano Rocha Guimarães
Data: 10/11/2022
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O ministério pastoral, em sua lida normal, tem demandas bem intensas. Afinal, cuidar as ovelhas de Cristo é uma grande responsabilidade e também um privilégio. Agora imagine esse cuidado em tempos de turbulências! Vou explicar. Todos nós fomos sobressaltados por uma longa pandemia que durou mais tempo que poderíamos imaginar. E com ela, todas as consequências esperadas e inesperadas como medo, insegurança, falência financeira, desemprego, doença e mortes.

O pastoreio em tempos assim é um imenso desafio, pois nós, pastores, também somos igualmente expostos a todas as mazelas sociais advindas da pandemia. Contudo, há de se acompanhar, instruir, ajudar, inspirar, motivar as pessoas a não desistir da vida, a não sucumbir a desesperança, a manter a chama da fé acesa durante as sombras da morte. É sempre um esforço redobrado fortalecer os fracos, quando algumas vezes nós mesmos nos sentimos fracos. Foi uma luta árdua e sem trégua. Digo sem trégua porque logo depois da pandemia vieram as eleições com seus embates ideológicos, polarizações, inimizades, ataques pessoais, críticas, mentiras e jogos de poder. Como em um mar turbulento, o ministério pastoral singrou as águas revoltas em busca de remanso e calma. Havia a necessidade de reconduzir ao equilíbrio, a moderação, a temperança àqueles com as emoções mais exacerbadas.

É vocação do pastor pacificar os ânimos, reconciliar inimigos, redirecionar a visão, promover a paz e a harmonia entre aqueles que pensam diferente. Mas também é função do pastor ensinar as Escrituras, denunciar o mal, defender princípios e valores inegociáveis da Palavra de Deus; não se calar diante da injustiça, da opressão, da violência da mentira e da corrupção. Que trabalho delicado e árduo! Aprendemos que lidar com ânimos acirrados é tão ou mais desafiador que lidar com o desânimo.  Daí o ministério pastoral ser tão laborioso, tão dependente da sabedoria contida nas Escrituras, tão submisso a Cristo e ao seu Santo Espírito.

Mas, se contávamos com tempos mais amenos, eles ainda não chegaram. O que nos resta é orar e continuar lutando nas trincheiras de uma guerra que um dia terminará.

Luciano Rocha Guimarães


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