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A importância dos mapas na sociedade atual


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 11/06/2021
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Por Itamar Sateles de Sá* 

 

 

Os mapas estão presentes em nossas vidas, em todos os aspectos. Eles permitem que nós representemos o Espaço Geográfico e as diferentes localidades da Terra. Com eles podemos nos localizar, comunicar, planejar, medir distâncias, etc. Quem nunca utilizou aplicativos como o Google Maps ou Waze para chegar a determinado destino ou para medir a distância de sua cidade à outra? 

O primeiro mapa que se tem notícia foi encontrado nas ruínas de uma antiga cidade da Mesopotâmia chamada Ga-Sur, no atual Iraque. Trata-se de um tablete de argila cozida que representava o vale de um rio, provavelmente o Eufrates, cercado por uma cadeia de montanhas. Sua idade é de cerca de 4500 anos. 

A Cartografia, área encarregada de representar graficamente o Espaço Geográfico, desenvolveu-se muito na época das Grandes Navegações (séculos XV ao início do XVII). Nações como Espanha, Portugal e Reino Unido contribuíram imensamente para seu desenvolvimento, visto que necessitavam administrar suas colônias de ultramar.  

Os mapas também são sinônimo de poder militar. No passado, por exemplo, mapas com grande escala  eram de propriedade exclusiva das Forças Armadas. O motivo? Se fossem públicos, nações estrangeiras teriam informações detalhadas sobre o território nacional. Usemos como exemplo a Segunda Guerra Mundial: não era interessante para a Alemanha que os Estados Unidos tivessem acesso a localização de suas fábricas de munição ou demais pontos da infraestrutura de guerra, sob risco de bombardeio.

A Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), por exemplo, na Guerra do Paraguai (1864-1870) sofreu inúmeras derrotas por não conhecer o território inimigo. O exército paraguaio, ao contrário, por conhecer seu território teve grande vantagem em inúmeras batalhas, armando emboscadas em áreas de pântanos e campos abertos. Há também o exemplo dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã (1955-1975) ou a União Soviética na Guerra do Afeganistão (1979-1989).

Os mapas também são importantes para o planejamento de políticas públicas. Usemos como exemplo a pandemia de COVID-19. Através de mapas é possível ver como se deu a disseminação da doença no Brasil e, dessa forma, agir para frear sua propagação. Com mapas podemos identificar onde se concentra os principais grupos de risco da doença e, em posse dessas informações, distribuir melhor as vacinas. 

No campo econômico os mapas podem ajudar a localizar potenciais clientes para um determinado negócio, orientando assim onde deverá ser instalado a empresa ou comércio (geomarketing). O componente espacial também é essencial na agricultura moderna, principalmente num país como o Brasil, em que o agronegócio correspondeu a 26,6% do PIB de 2020. Há muita demanda por analistas de Geoprocessamento nessa área. Nos últimos 12 meses, uma usina da nossa região ofertou inúmeras vagas para essa função.

Os mapas também são essenciais para a área ambiental. Por meio de mapas podemos acompanhar a evolução do desmatamento de uma área, assim como sua recuperação. Os mapas possibilitam estabelecer uma Área de Proteção Permanente (APP), analisar a hidrografia de uma área, o relevo, o uso e ocupação do solo, dentre outros aspectos. 

Yves Lacoste, geógrafo francês, já revelava o intuito dessa ciência no título de sua obra de 1976: A Geografia – Isso Serve, em Primeiro Lugar, Para Fazer a Guerra. Para Luiz Ugeda, geógrafo e advogado brasileiro, a Geografia serve para a guerra por ser um poderoso instrumento de organização, e, sem essa organização, nenhum conflito subsiste. No entanto, essa mesma Geografia serve para orientar, organizar e planejar o Espaço Geográfico de um país, contribuindo com seu desenvolvimento. Isso porque se a informação que você precisa/possui manifesta-se no Espaço Geográfico, ela pode ser mapeada!


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