O termo "Nefros¨ vem do Grego e significa rins. Portanto, o médico nefrologista é aquele que estuda as funções e as doenças dos rins.

Mas você sabe quais as funções dos rins?

Os rins são responsáveis por eliminar as toxinas resultantes do metabolismo corporal, mantendo o equilíbrio hídrico do organismo eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos e evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial. Atuam também como órgãos produtores de hormônios responsáveis pela formação de glóbulos vermelhos, evitando a anemia, produzem a vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos e produzem a renina, hormônio que intervém na regulação da pressão arterial.

O Médico Nefrologista portanto, atua na prevenção e controle da doença renal, através da orientação e manejo nos casos de Hipertensão arterial, Infecção urinária, Cálculo renal, Alterações hidroeletrolíticas (alterações dos minerais do sangue como cálcio, fósforo, potássio, sódio, etc), Doença policística renal, complicações de doenças auto-imunes, Glomerulonefrites, e é também responsável pela acompanhamento de pacientes que necessitem de Hemodiálise, Diálise Peritoneal e os submetidos ao transplante renal.

Por ser uma especialidade muito abrangente, os avanços na área da nefrologia acompanham muitos dos avanços na medicina, que envolve muitas áreas clínicas. As duas maiores causas de doença renal crônica (DRC) são o diabetes mellitus e a hipertensão arterial sistêmica. Por isso, é possível perceber que os avanços no tratamento destas duas condições possuem impacto direto tanto no tratamento conservador da DRC, quanto no manejo dos pacientes renais crônicos em terapia renal substitutiva, que são hipertensos e diabéticos.

Da mesma forma, os avanços no tratamento de outras doenças se refletem na nefrologia, como o das drogas imunossupressoras, tanto no contexto de determinadas doenças reumatológicas autoimunes que causam enfermidades renais, quanto das glomerulopatias e do transplante renal. 

Quanto à terapia renal substitutiva, a diálise é um dos maiores avanços da história da medicina. São poucas as situações onde o avanço de uma terapia modificou de forma tão significativa a evolução de uma doença.

Hoje, pacientes em diálise podem viver décadas, dependendo da sua condição clínica de base, e do acesso ao tratamento. E esses avanços vêm se mantendo nos últimos anos.

O resultado disso tudo é o melhor tratamento do renal crônico dialítico. Na diálise peritoneal, novas opções também têm sido empregadas na prática.

É importante ressaltar também os avanços nas técnicas de acesso vascular, por onde os pacientes fazem a hemodiálise, que permitem acessos mais duradouros e com menores taxas de complicações, quando acessíveis. Assim como avanços nos medicamentos para condições associadas à doença renal crônica, como para o tratamento da anemia e da doença óssea.

Adotar hábitos de vida mais saudáveis, controlar a pressão arterial, verificar a glicemia, evitar consumo de cigarro, evitar ingestão exagerada de sal e conservantes bem como o uso de anti-inflamatórios são medidas simples que podem ajudar na prevenção da doença renal. Em caso de dúvidas, consulte um nefrologista.

Dra. Letícia Nicoletti Silva

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