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O Brasil não pode ser mais o país do futuro, tem que ser o país que realiza seus anseios agora. Não temos uma varinha mágica que irá transformar a realidade apenas com um pilimpimpim, mas podemos ter atitudes que tornam a mudança mais célere e nos coloca no caminho da prosperidade.

Nossa geração já está começando a sair do comodismo, manifestando suas opiniões mesmo que através das redes sociais e indo às ruas protestar, porém isso é muito pouco diante de tantas mudanças que devem ocorrer.

Aqueles de detém o poder em benefício próprio e privilégios não irão abrir mão tão facilmente e irão usar todas as armas que tiverem para mantê-los. Não podemos ser inocentes de achar que de uma hora para outra todos vão olhar para o Bem Comum e fazer o que é certo. Vejam como vem se comportando alguns Ministros do STF, que rasgam a Constituição Federal e perseguem aqueles que criticam suas ações. E também nossos congressistas que insistem em manter suas aposentadorias especiais, após oito anos de mandato.

Portanto, o caminho é educar nossas crianças para que pensem diferente e busquem o Bem Comum. O amor à pátria, o apreço ao conhecimento, o respeito ao semelhante, a observância de regras de convivência, a prática da ética e da justiça, o cumprimento das leis e o Ser Cidadão deve ser ensinado desde a tenra idade, pois, dentre as crianças de hoje sairão os líderes de amanhã e o político não é importado de outro país ou planeta, ele sai do seio da sociedade e, se são maus líderes é porque a sociedade também não é boa, pois como diz o ditado, “o fruto não cai longe do pé da árvore”.

Algumas sociedades são mais rígidas, outras mais permissivas e o resultado em cada uma delas é totalmente diferente. Nos países onde ensinam às suas crianças que o cumprimento das regras é legal e impositivo, que o respeito ao próximo é importante, já que ela própria é o próximo de alguém, que o amor ao conhecimento as conduz à prosperidade, que o que é público é de todos e deve ser preservado e que os políticos estão a serviço do povo e não o contrário e não toleram privilégios, são países onde a população tem maior qualidade de vida, menos desigualdade social, mais segurança e cidadãos mais felizes.

A tolerância à corrupção e aos privilégios, o não cumprimento das leis, o desleixo, o desrespeito com o próximo, a falta de apreço pelo saber, pelos bons modos, pela ética e a insistente justificação da ignorância, da preguiça, da pobreza para o cometimento de crimes, como se rico também não os cometessem, estão nos tornando uma nação que gira correndo atrás do próprio rabo, sem querer sair desse círculo vicioso. E não nos enganemos, pois isso é o que querem nossos líderes corruptos. Pessoas pensantes e críticas ameaçam os detentores do poder que o utiliza em benefício próprio. 

Os maus políticos buscam tutelar completamente o povo e torna-lo dependente dos favores do Estados e, portanto, dos seus líderes, para que se tornem gratos a eles e os perpetuem no poder. Nesse sistema é o próprio povo que financia as “benevolências” que os corruptos dizem fazer e se gabam de benfeitores, enquanto por trás desviam a maior parte dos recursos públicos em seu próprio benefício e daqueles que o cercam. Manter o povo na ignorância e destruir seus valores mais caros, como família, fé, moral e o próprio Ser, é o caminho mais curto para alcançar seu intento.

Nossa participação enquanto cidadãos, exigindo lisura no trato do dinheiro público, políticas públicas voltadas ao Bem Comum e também dando um redundante NÃO a destruição dos nossos valores é fundamental. Ter atitude é o que se espera de cada um de nós e não temos mais tempo para postergar. 

Ângela Contin Jordão


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