Após alguns meses sem escrever, decidi me esforçar para trazer essa reflexão em algumas linhas. De janeiro de 2013 até agosto de 2020 eu ocupava esse espaço semanalmente, porém o atípico ano de 2020 me fez interromper esse trabalho, e confesso, sinto falta.

O mês de março marcou um ano da primeira morte por conta do novo coronavírus no Brasil. A vítima, Rosana Aparecida Urbano, de 57 anos faleceu na cidade de São Paulo. A filha de Rosana contou a imprensa que após a morte da mãe, também perdeu os avós e dois tios por conta da doença.

É certo afirmar que tudo ficou diferente. A sensação é que vivemos o primeiro ano de uma nova forma de encarar a vida. As emoções ficaram diferentes. Faltam abraços, o tradicional aperto de mão, gesto comum e simbólico caiu em desuso pelo alto risco de transmissão da Covid-19. Saudade, restrição, solidão e dia a dia a narrativa de altos números de novos casos e mortes tem gerado um clima de incerteza e muita tristeza.

Em nosso vocabulário novos termos foram incorporados. Passamos a falar de comorbidades, variante, respirador, cilindros de oxigênio, IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), como quem fala de qualquer outro tema do cotidiano.

Começamos a nos reunir virtualmente através do Zoom, Meet, Teams. Entre notícias falsas, várias formas de cura foram propostas. Remédios que não curam, receitas que não combatem coronavírus e vacinas produzidas em tempo recorde.

Uso de máscaras, álcool em gel com frequência a diferença entre isolamento e distanciamento social, após um ano de pandemia, já deveria ser automático para quem vive em 2021.

Certo é que continuamos a ler notícias falsas, boatos e soluções milagrosas ou narrativas fantásticas que não colaboram nem para o combate ao vírus nem na construção da democracia e na defesa da cidadania.

Por acreditar na Bíblia, espero com confiança a promessa de Apocalipse 21:4 que destaca, “E Deus enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. Enquanto estivermos aqui ainda notícias tristes nos acompanharão. No Céu, tudo isso será passado.

Após um ano, vivemos dias ainda mais tensos e de incertezas. Acredito que somente Jesus oferece Paz que ‘excede todo entendimento’ (Fp 4:7). Nas palavras do Pr. Zinaldo A. Santos, “apesar das tempestades no oceano da existência, podemos ter a garantia de que a paz de Cristo trará a bonança em tempo oportuno”.

***

"Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim”. João 14:1 – Bíblia Sagrada