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O que Freud teria a nos dizer hoje sobre a pandemia?


Por: Simony Ornellas Thomazini
Data: 08/05/2020
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Celebramos no último dia 06 de maio, 164 anos de Sigmund Freud! Neste dia também é comemorado o dia do psicanalista. Porém, neste ano, o aniversário do nascimento de Freud possuiu um significado diferente. 

Freud, pai da psicanálise, foi um homem visionário, muito a frente de seu tempo e conectado à sua cultura, Hoje relemos suas obras com olhares atônitos redescobrindo o quanto elas nos servem de farol, pois são cada vez mais pontuais e necessárias nos tempos sombrios atuais. 

Atravessar 2020 requer para cada um, a seu jeito e da maneira que lhe é possível, criar modos de travessia. E isso exige um trabalho analítico cotidiano insistente, árduo, não sem doses de angústia e medo, afetos vivenciados atualmente que nos inundam de um jeito ou de outro, em maior ou menor grau, mas atinge a todos.

Em meio à pandemia que estamos vivenciando, é esta mensagem que deixo aqui de Freud dita na metade do século XX: “Criar não é chorar o que se perdeu e que não se pode recuperar, mas substituí-lo por uma obra tal que, ao construí-la, se reconstrói a si mesmo”. 

Presenciamos nesta realidade na qual estamos todos submersos, as mais variadas perdas. A perda do que éramos. Perda de nossa rotina. Perda do que conhecíamos e apostávamos viver.  Perdas dos laços reais, ainda que temporários, nos obrigando a criar um novo arranjo de conexões.  Perdas de vidas, lamentavelmente levadas por este vírus que fez o mundo parar. 

É necessário e urgente que possamos num tempo outro, reconstruir algo no lugar perdido, como nos diz Freud, para que assim, possamos reconstruir também a nós mesmos. 

 

Simony Ornellas Thomazini


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