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Coronavírus: do pânico a responsabilização


Por: Simony Ornellas Thomazini
Data: 20/03/2020
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Estamos todos alarmados neste momento, o que torna difícil encontrarmos um ponto de apoio em meio à enxurrada de informações com a qual nos deparamos. Toda atitude tomada nos parece exagero e, já estamos presenciando o pânico assolar cada vez mais as pessoas. 

Coronavírus: Não é só uma gripe!

Não é só uma gripe! Infelizmente ainda existe esse tipo de pensamento. Há também pessoas que aderem ao discurso de que a mortalidade é baixa e, só se agrava a um número restrito de pessoas. Ou seja, aquelas que possuem doenças crônicas como diabetes, pessoas com problemas cardiovasculares e, a população idosa. É preciso lembrar que mesmo você não fazendo parte do grupo de risco, pode contaminar todos à sua volta. 

Há ainda outros problemas que se adicionam a estes mencionados. Não sabemos quem está infectado, já que segundo informações médicas, leva-se cerca de 7 dias para apresentar os sintomas.

É importante ressaltar que a qualquer sintoma apresentado a pessoa deve se isolar imediatamente. Se for até o hospital, aumenta-se a chance de ser infectada. Ficar em casa e cuidar do estado gripal é a melhor atitude preventiva. Se o caso se agravar, aí sim é o momento de ir até o hospital.

Fazer o teste é um comportamento que também não ajuda, uma vez que se der negativo, não indica necessariamente que a pessoa não tem o vírus. Nesse sentido, é inútil todo mundo querer fazer o teste. Precisamos deixar o teste para as pessoas que realmente precisam de assistência hospitalar. 

Coronavírus no Brasil: o que está sendo feito?

A situação é grave e, em todo o mundo tem-se tomado medidas para evitar que o vírus se propague. O sistema de saúde da maioria dos países não dá conta de tratar de todo mundo, por isso faz-se imprescindível que se reduza a velocidade do vírus. 

Temos Tawain como melhor exemplo desse tipo de controle, pois, o número de pacientes que precisam de assistência hospitalar é sempre dentro do possível para o sistema de saúde daquele país. 

Aqui no Brasil governos começaram a investir na prevenção, e é esse o melhor caminho para evitarmos o pior. Precisamos desse isolamento social, pois o vírus irá se propagar e vai contaminar muita gente. Todas as ações tomadas são para que se reduza a velocidade do vírus continuar se propagando. Todos os dias assistimos ao cancelamento ou adiamentos de eventos, fechamentos de estabelecimentos, dentre outras medidas que evitam a aglomeração de pessoas. E isso não é nenhum exagero. É prevenção! Temos a Itália como um exemplo a não ser seguido. 

Coronavírus e o Capitalismo 

 Esta discussão abre espaço para outros debates. Como aderir a esse isolamento no mundo capitalista em que vivemos? E é aqui que as pessoas se dividem. Paramos com o único propósito de ganharmos vidas. A situação atual é gravíssima! Mas, até que ponto o isolamento social é entendido pelas pessoas como uma medida de saúde pública? 

Menos pânico, Mais responsabilidade

Pânico é diferente do medo. E é importante trazer essa distinção. O medo nos mantém protegidos dos perigos reais, diferente do pânico em que o objeto não é muito claro e atinge um tamanho desproporcional relacionado ao desespero. As fake news que se alastram rapidamente nos últimos dias acentuam o pânico de quem já sofria com ele, e faz novas vítimas.

O importante neste momento é fazer o que está em nosso controle dentro do possível e do recomendável. Precisamos nos responsabilizar pelo lugar que ocupamos no mundo. Parar significa desconectar do que ocupa os nossos olhos nos impedindo de enxergar o outro. 

Que possamos lavar as mãos e escoar pelo ralo a irresponsabilidade. O momento não é para o pânico, mas para repensarmos nossas atitudes enquanto sociedade. Compreensão, colaboração, informação e prevenção são as ações mais eficazes na luta contra o vírus. Freud lá em 1913 já dizia a seguinte frase que continua mais atual do que nunca: “Nada na vida é tão caro quanto a doença e a estupidez”. 

Simony Ornellas Thomazini


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