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“VIDA DIGNA SEM DOR” - Cannabis Medicinal: Entrevista com Raoni Molin, Presidente da Associação Canábica Norte Paranaense, revela desafios e esperanças para o acesso e uso responsável


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 30/06/2023
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(Foto: Alex Fernandes França) – “Acredito firmemente que a Cannabis Medicinal desempenha um papel significativo no tratamento de várias condições de saúde”, disse o Presidente da Associação Canábica Norte Paranaense, Raoni Molin

O Jornal Noroeste entrevistou o Presidente da Associação Canábica Norte Paranaense, Raoni Molin. Em pauta o uso da Cannabis Medicinal. O uso da Cannabis Medicinal tem sido objeto de pesquisa e debate em todo o mundo devido aos seus potenciais benefícios terapêuticos.

Jornal Noroeste: Para começar, poderia nos contar um pouco sobre o trabalho da Associação Canábica Norte Paranaense e como vocês estão envolvidos com a Cannabis Medicinal?

Raoni Molin: Certamente. A Associação Canábica Norte Paranaense é uma organização sem fins lucrativos que se dedica a promover a pesquisa, o acesso e o uso responsável da Cannabis Medicinal na região Norte do Paraná. Nosso objetivo é fornecer informações precisas e apoiar pacientes que buscam alívio para diversas condições de saúde através do uso controlado da cannabis. Vemos a Cannabis não só para o uso na saúde permitindo a muitos pacientes uma vida digna sem dor, mas sim como um potencial de geração de emprego e renda para nossa região. Isso se deve ao fato de que a região Norte e Noroeste do Paraná serem as mais propícias ao desenvolvimento desta cultura, ou seja, do cultivo. Para a produção do canabidiol é necessária a extração do CBD das flores da planta Cannabis sativa. Nossa região tem alto potencial na produção de flores, como por exemplo a região de Uniflor e Floraí que levam estes nomes pois nossos pioneiros viram que estas cidades eram propícias ao desenvolvimento das flores. Pesquisa elaborada pelo Pesquisador Sérgio Viçosa, de Minas Gerais, mostra todo esse potencial. O projeto de cultivo conta com o apoio do Tecpar, Instituto de Tecnologia do Paraná. Se Deus quiser participaremos da primeira Feira de Cannabis no dia 15 de Setembro e será uma oportunidade de trazer toda essa matriz econômica para nossa região.

Jornal Noroeste: Qual é a sua opinião sobre o uso da Cannabis para fins medicinais?

Raoni Molin: Acredito firmemente que a Cannabis Medicinal desempenha um papel significativo no tratamento de várias condições de saúde. Há cada vez mais evidências científicas que comprovam os benefícios terapêuticos da planta em condições como epilepsia refratária, dores crônicas, distúrbios do sono e até mesmo no combate a alguns tipos de câncer. Portanto, é fundamental que o acesso a esses tratamentos seja facilitado para pacientes que se beneficiariam dessa opção terapêutica. É fundamental que o uso da cannabis medicinal seja supervisionado por profissionais de saúde especializados, que possam orientar sobre a dosagem adequada, potenciais interações medicamentosas e monitoramento contínuo.

Jornal Noroeste: Quais são os principais obstáculos enfrentados pelos pacientes que buscam acesso à Cannabis Medicinal no Brasil?

Raoni Molin: Infelizmente, existem vários obstáculos que dificultam o acesso à Cannabis Medicinal no Brasil. Um dos principais é a falta de informação sobre os benefícios e as formas seguras de uso da planta. Além disso, o processo burocrático para obtenção da autorização para importação de produtos à base de cannabis é complexo e moroso, o que acaba dificultando a vida dos pacientes.

Jornal Noroeste: Quais são as iniciativas da Associação Canábica Norte Paranaense para superar esses desafios?

Raoni Molin: A Associação tem trabalhado incansavelmente para fornecer informações atualizadas e confiáveis sobre a Cannabis Medicinal. Oferecemos palestras, workshops e materiais educativos para médicos, pacientes e suas famílias. Também temos nos envolvido em discussões com autoridades de saúde e órgãos reguladores, buscando simplificar e agilizar o acesso à Cannabis Medicinal.

Jornal Noroeste: Quais são suas esperanças para o futuro da Cannabis Medicinal no Brasil?

Raoni Molin: Minha esperança é que o Brasil avance cada vez mais acerca do potencial terapêutico da Cannabis e estabeleça um sistema cada vez mais acessível e seguro para pacientes que necessitam desse tratamento. Espero que as restrições sejam reduzidas, permitindo que mais pacientes possam se beneficiar da Cannabis Medicinal. Além disso, espero que haja um avanço na pesquisa científica para expandir nosso conhecimento sobre os diferentes compostos da planta e suas aplicações terapêuticas. Também é fundamental que profissionais de saúde sejam capacitados e informados sobre o uso da Cannabis Medicinal, para que possam prescrever e orientar seus pacientes adequadamente.

Jornal Noroeste: Como você enxerga a importância do papel da mídia na disseminação de informações precisas sobre a Cannabis Medicinal?

Raoni Molin: A mídia desempenha um papel crucial na educação e conscientização sobre a Cannabis Medicinal. É fundamental que os veículos de comunicação forneçam informações precisas, baseadas em evidências científicas, para combater os estigmas e preconceitos em torno da planta. A mídia pode ajudar a desmistificar a Cannabis Medicinal, esclarecendo seus benefícios terapêuticos e relatando histórias reais de pacientes que se beneficiaram do seu uso. Dessa forma, podemos ajudar a criar um ambiente favorável para a ampliação do acesso à Cannabis Medicinal.

Jornal Noroeste: Finalmente, que conselho você daria para pacientes e suas famílias que estão considerando o uso da Cannabis Medicinal?

Raoni Molin: Meu conselho seria buscar informações de qualidade, consultar profissionais de saúde capacitados e, se possível, entrar em contato com organizações e associações que trabalham na área da Cannabis Medicinal. É importante estar bem informado sobre os benefícios, riscos e diferentes formas de uso da planta. Além disso, é fundamental seguir as orientações médicas e respeitar as leis vigentes em cada país ou estado. Cada paciente é único, e o tratamento com a Cannabis Medicinal deve ser personalizado e acompanhado por profissionais qualificados. O Brasil já conta com centenas de milhares de pacientes que fazem uso medicinal e os pacientes em sua grande maioria relatam uma melhora de sua saúde.

Jornal Noroeste: Muito obrigado, Raoni, por compartilhar seus conhecimentos e experiência conosco hoje. Desejamos sucesso em seus esforços contínuos na área da Cannabis Medicinal.

Raoni Molin: Eu que agradeço pela oportunidade de falar aqui no Jornal Noroeste sobre esse assunto tão importante. Estou à disposição para ajudar e colaborar no que for necessário. Obrigado novamente.

Instagram: @acanpaoficial e @raoni molin


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