Gaeco e Receita Federal realizam operação voltada a coibir ilícitos penais relacionados à abertura de “empresas fantasmas”
O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Receita Federal, deflagrou nesta terça-feira, 27 de junho, a Operação Falsa Impressão, que apura organização criminosa suspeita de constituir ilegalmente mais de uma centena de “empresas fantasmas”. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão – expedidos pela Vara Criminal de Grandes Rios – em endereços ligados a um dos investigados.
De acordo com as apurações, as ilegalidades eram cometidas a partir da constituição de “empresas fantasmas”, registradas em nome de terceiros, que possivelmente eram utilizadas para emitir documentos fiscais (notas fiscais) “frios”. Esses documentos eram utilizados para conferir aparente regularidade ao transporte de mercadorias contrabandeadas ou descaminhadas.
As empresas eram utilizadas por um determinado período e depois eram abandonadas e substituídas por outras, criadas sucessivamente. Para o funcionamento do esquema fraudulento, os criminosos teriam contado com a participação de um contador, que seria o responsável pela criação das empresas inexistentes. No período de janeiro a junho de 2023, pelo menos 114 empresas foram constituídas para esse fim. A investigação levada a efeito pelo Gaeco tem como objeto a prática dos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.