Em conversa com a reportagem, o Gestor da Defesa Civil de Nova Esperança, 1º Sargento BM Cláudio Ferreira explicou as medidas cruciais para evitar tragédias nas águas durante o verão.

Com a chegada do verão, as atividades aquáticas tornam-se uma opção de lazer popular. No entanto, é fundamental conscientizar a população sobre os riscos de afogamento em rios, represas, lagos e praias. Para abordar essa questão, conversamos com o 1º Sargento Bombeiro Militar e Gestor da Defesa Civil de Nova Esperança, Cláudio Ferreira.

         Ele destaca que as mortes por afogamento não são acidentes, mas eventos preveníveis. No Brasil, cerca de 7 mil pessoas perdem a vida anualmente dessa forma, sendo crucial adotar medidas preventivas. "É preciso ter cuidado, afogamento não é acidente, não acontece por acaso, tem prevenção, e esta é a melhor forma de tratamento!", enfatiza o coordenador.

A falta ou o descuido na supervisão de crianças por adultos é o maior fator de risco para mortes por afogamento. O Sargento Ferreira ressalta que a segurança provida por guarda-vidas, no caso das praias, não substitui a vigilância constante dos pais ou responsáveis.

Medidas de Prevenção: praias e piscinas

Praias:

·        Pergunte sempre ao guarda-vidas sobre o local seguro para banho.

·        Mantenha atenção constante às crianças.

·        Evite consumo de bebidas alcoólicas antes do banho de mar.

·        Nade longe de obstáculos como pedras e piers.

·        Cuidado com valas, que podem ter correntezas.

·        Certifique-se da profundidade antes de mergulhar.

·        Observação ao pescar em pedras para evitar ondas.

·        Afastamento de animais marinhos e respeito às sinalizações.

Piscinas:

·        Cuide dos horários de banho, evitando a hora do almoço.

·        Mantenha grades ao redor da piscina para dificultar o acesso de crianças.

·        Boias de braço não eliminam o risco de afogamento.

·        Evite brinquedos próximos à piscina.

·        Desligue o filtro durante o uso e cuide ao mergulhar em locais rasos.

·        Leve as crianças consigo ao sair da piscina.

Mais de 40% dos proprietários de piscinas desconhecem primeiros socorros.

Armadilhas

O 1º Sargento Ferreira alerta sobre o perigo de afogamento em ambientes domésticos, especialmente para crianças de 1 a 4 anos. Ele ressalta que um pequeno descuido pode levar a tragédias e destaca a importância de supervisionar as crianças de perto. A ONG Criança Segura enfatiza que bacias, vasos sanitários e baldes são armadilhas perigosas, e acidentes podem ocorrer em apenas alguns minutos.

A prevenção de acidentes domésticos é crucial, com orientações que incluem a instalação de redes de proteção, a atenção aos produtos de limpeza e a supervisão constante, mesmo em momentos breves de ausência.

Em caso de acidentes, o Sargento Ferreira enfatiza a importância de procurar ajuda médica imediatamente. A prevenção é a melhor defesa, e ao adotar medidas simples, é possível garantir um verão seguro e livre de tragédias relacionadas a afogamentos.