Testosterona, o que os homens e mulheres precisam saber!
O que é, e para que serve o hormônio Testosterona?
Conhecida como o principal hormônio sexual masculino, a testosterona desempenha um papel vital na saúde e no bem estar. Presente em ambos os sexos, embora seja frequentemente associada aos homens que tem níveis mais elevados do hormônio do que as mulheres, devido ao seu papel predominante nas características sexuais masculinas. No entanto, tanto homens como mulheres possuem o hormônio em seus corpos em quantidades diferentes. Por isso também, a testosterona desempenha uma influência significativa em uma variedade de funções corporais, o desenvolvimento sexual, crescimento de pelos, acnes, manutenção da massa muscular e óssea, previne a osteoporose, regula o metabolismo de açúcar e gordura, influencia no humor, estado de ânimo, energia, motivação e até mesmo na saúde cardiovascular.
Como se vê, é um hormônio esteroide, produzido principalmente nos testículos e em quantidades menores, nos ovários das mulheres e nas glândulas adrenais de ambos os sexos. Os níveis do hormônio nas mulheres variam ao longo do ciclo menstrual, sendo mais elevados na fase pré-ovulatória. Ainda nas mulheres, a testosterona aumenta a manutenção da massa muscular, diminuição da gordura corporal, melhora o desempenho sexual e na libido, melhora a função reprodutora, no desempenho cognitivo, ciclos menstruais irregulares (quando aumentada), melhor condicionamento da estrutura óssea e proteção cardiovascular. Nos homens, influenciam nos caracteres sexuais secundários como crescimento de pelos faciais e corporais, a voz mais profunda, função erétil, aumento da massa muscular e na produção de esperma.
Qual o nível ideal de testosterona?
Podemos encontrar em nosso organismo, a testosterona total (que corresponde a quantidade produzida pelo organismo) e a testosterona livre (que é a disponível pronta para ser usada pelo organismo), que corresponde de 2 a 3% da testosterona total.
Nos homens, os níveis de testosterona variam entre 300 e 1000 nanogramas por decilitro (ng/dl). Essa variação é considerável pois a produção de testosterona varia ao longo do dia e da vida de um homem.
Nas mulheres os valores variam ainda mais porque está muito relacionado com a idade e a fase do ciclo menstrual de cada uma.
Normalmente, mulheres com idade entre os 16 e 21 anos, devem possuir entre 17,55 e 50,41ng/dl. Acima de 21, os valores são entre 12,09 e 59,46 ng/dl. Na menopausa esse valor chega até 48,93 ng/dl. Vale acrescentar que a testosterona feminina aumenta nos dias anteriores à ovulação, sendo um estimulador sexual natural, favorecendo, portanto, as chances de engravidar. Mas quando a testosterona estiver muito elevada, ela inibe a ovulação, impedindo a fecundação pelo espermatozoide.
Não podemos esquecer que em idade fértil a mulher pode ter os seus níveis de testosterona afetados negativamente conforme suas escolhas alimentares, qualidade de sono ou pelo uso de anticoncepcional por longo tempo. Portanto tanto os homens quanto as mulheres devem fazer acompanhamento de níveis hormonais e propor ajustes pelo especialista, caso haja necessidade.
Formas de reposição da Testosterona
Com o passar dos anos, tanto nos homens como nas mulheres ocorrem uma diminuição da produção do hormônio. O principal objetivo da reposição hormonal é manter os níveis do hormônio exigidos pelo corpo, promovendo uma melhor qualidade de vida, diminuição de todos os sintomas desencadeados pela falta deste hormônio como queda do libido, disfunção erétil, fertilidade reduzida, afeta o estado mental, ansiedade, fadiga, depressão, diminuição da massa muscular, óssea e aumento da gordura abdominal.
A reposição da testosterona poderá ser feita por meio de: 1) Via Oral; 2) Transdérmica; 3) Injetável. Suplementação vitamínica D também deverá ser usada, para auxiliar a produção natural deste hormônio.
Pela Via Oral, a forma mais comum são os comprimidos de medicamentos existentes no comércio. Na forma Transdérmica (na pele) englobam medicamentos nas formas de creme, gel e adesivos. Quanto a Injetável, poderá ser aplicada de 15 em 15 dias, ou intervalos mensais, dependendo da decisão entre o paciente e o seu médico, levando em conta fatores custo, conforto e melhor resultado.
Não se esqueça que envelhecer é uma coisa natural, faz parte da vida e não será a testosterona que irá trazer de volta os ponteiros do relógio ou retardar o próximo Natal. A medida que envelhecemos, a produção de testosterona diminui. Há riscos e contraindicações de reposição da testosterona, em suspeitos de câncer de próstata, câncer de mama, apneia do sono e sintomas urinários intensos devido ao aumento benigno da próstata, podendo agravar essas doenças já existentes. Também é contraindicada nos quadros de insuficiência cardíaca ou quem estiver taxas de hemoglobina alta.
A sua saúde está em primeiro lugar. Tanto os homens quanto mulheres devem fazer acompanhamento médico para manter a saúde e uma melhor qualidade de vida.
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