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TABAGISMO X ANEURISMA DE AORTA: ENTENDA ESSA RELAÇÃO


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 17/08/2022
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Médico especialista explica a relação da doença com o hábito de fumar

Freepik

Dia Nacional de Combate ao Fumo é celebrado anualmente em 29 de agosto, data que tem como objetivo a conscientização dos diversos danos causados pelo tabaco. Esse hábito pode impactar a saúde do indivíduo de diversas formas, como nos casos de aneurismas de aorta, doença pouco conhecida por boa parte da população brasileira.

A aorta é a principal artéria do corpo, sendo responsável pela distribuição de sangue para todos os órgãos e membros. Dela, se originam os vasos circulatórios que irrigam o cérebro, os órgãos do abdome, braços e pernas. O aneurisma de aorta é uma dilatação nesse vaso sanguíneo, que pode aumentar com o passar do tempo e se romper causando uma grande hemorragia interna, levando à morte, na maioria dos casos. 

 

O médico e especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, Dr. Marco Lourenço, explica sobre a relação do fumo com a doença. “O tabagismo, principalmente em conjunto com a hipertensão arterial e histórico familiar de aneurisma de aorta, são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do aneurisma, principalmente em homens acima de 60 anos. Quem tem o hábito de fumar, tem um risco em torno de sete vezes a mais de desenvolver a doença”, conta o profissional. 

 

Outros fatores como sedentarismo, obesidade e colesterol alto não predispõem diretamente o desenvolvimento do aneurisma de aorta, mas aceleram o envelhecimento da circulação, levando a diversos outros problemas. Ainda de acordo com o médico, o principal risco é a ruptura do aneurisma, causando a morte em quase 90% dos casos. “Dos pacientes que conseguem chegar ao hospital, acabam tendo um risco de 50% de falecer durante a cirurgia”, informa Dr. Marco.  

 

Para identificar a doença de forma precoce, é importante realizar avaliações periódicas com um cirurgião vascular, principalmente os grupos com fatores elevados de risco mencionados anteriormente. Se o aneurisma de aorta for detectado e não houver necessidade de uma intervenção naquele momento do diagnóstico, é necessário ter um acompanhamento a cada 6 meses para realizar uma ecografia vascular (Eco doppler de aorta).

 

Não existe um medicamento específico para a doença, após o diagnóstico positivo, o tratamento vai depender dos sintomas relacionados ao aneurisma, além de seu formato e diâmetro. Pode ser realizada uma cirurgia tradicional, ou por métodos menos invasivos, a chamada cirurgia endovascular, com implante de endopróteses. 

 

Mesmo com a correção do aneurisma pelos processos cirúrgicos, será sempre necessária uma vigilância do tratamento para verificar se não ocorrerá algum problema com a endoprótese, ou prótese, e se não vai ocorrer um desenvolvimento de outro aneurisma. Quem tem aneurisma em um local, tem uma predisposição para desenvolver outros aneurismas em outras regiões do corpo.

 

Dr. Marco Lourenço faz um importante alerta, principalmente para os que utilizam cigarros eletrônicos e acham que eles são inofensivos à saúde. “Não existe um trabalho que aponte essa correlação com a doença, mas é sabido que a exposição à nicotina, mesmo sendo utilizada por meio dos cigarros eletrônicos, pode influenciar no desenvolvimento e aparecimento de aneurisma de aorta”, finaliza o especialista.

  Sobre o Dr. Marco Lourenço | @drmarcolourenco

Dr. Marco Lourenço é Especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e Associação Médica Brasileira (AMB), registrado no Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM PR) e Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

 

É pioneiro no Paraná no Tratamento Endovascular do Aneurisma de Aorta Abdominal (1998) e no Tratamento Endovascular do Aneurisma de Aorta Abdominal Roto (2001). É pioneiro no Brasil no Tratamento Endovascular do Aneurisma de Aorta Abdominal com endoprótese fenestrada para as artérias renais (2004) e na Técnica de Crioplastia para desobstrução de oclusões arteriais dos Membros Inferiores (2006). É também Criador da técnica minimamente invasiva para tratamento dos aneurismas complexos toracoabdominais, apresentada em congressos internacionais.

 

 

 

 


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