"Se os pais notarem que seus filhos não estão atingindo os marcos de desenvolvimento conforme o esperado, é fundamental procurar um profissional de saúde", recomenda a Psicóloga Rhuana Moura Pacheco.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta o desenvolvimento neurológico e comportamental de indivíduos, apresentando uma ampla gama de características variáveis. Para entendermos melhor sobre esses sinais e como abordá-los, conversamos com a Psicóloga Rhuana Moura Pacheco, psicóloga clínica e escolar.

Segundo a psicóloga, o TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, atraso no desenvolvimento motor, hipersensibilidade sensorial e comportamentos repetitivos. No entanto, é importante ressaltar que a palavra "espectro" indica uma vasta diversidade de manifestações, tornando cada caso único em suas características e intensidade.

O diagnóstico do TEA é predominantemente clínico, baseado em observações da criança, entrevistas com os pais e a aplicação de instrumentos específicos. Rhuana destaca a importância dos instrumentos de vigilância do desenvolvimento infantil, que são sensíveis na detecção de alterações sugestivas de TEA e podem ser aplicados durante consultas de acompanhamento na Atenção Primária à Saúde.

"Valorizar o relato e a queixa da família é fundamental durante o atendimento da criança, pois o relato dos pais muitas vezes está correlacionado com a confirmação diagnóstica posterior. Para isso, é preciso que os pais relatem com detalhes sobre a criança, seus comportamentos e relações durante a consulta", enfatiza a psicóloga.

Manifestações agudas do TEA podem incluir sintomas de agitação e/ou agressividade, tanto direcionada para si mesmo quanto para outros. Estes comportamentos podem ser desencadeados por diversos motivos, como dificuldades de comunicação, desconforto sensorial ou dor. Rhuana ressalta a importância de compreender a origem desses comportamentos para propor estratégias eficazes, que possam gerar o estímulo ao desenvolvimento necessário para a criança na fase em que se encontra, sem descartar o bem-estar e inclusão.

A psicóloga explica que o TEA está relacionado a alterações físicas e funcionais do cérebro, afetando o desenvolvimento motor, da linguagem e comportamental. Os primeiros sinais podem ser observados em bebês nos primeiros meses de vida, e incluem dificuldades de interação social, comunicação repetitiva e alterações comportamentais como apego excessivo a rotinas e interesses específicos.

"Se os pais notarem que seus filhos não estão atingindo os marcos de desenvolvimento conforme o esperado, é fundamental procurar um profissional de saúde da Atenção Primária à Saúde para uma avaliação inicial", recomenda Rhuana. E completa: “Por vezes, pode ser uma característica própria da criança que se desenvolverá mais tarde – e que inclusive pode ser tardia pela falta de estímulo – mas, se há dúvida, procure um profissional neuropediatra ou psicólogo para orientação e possível avaliação”.

Apesar de não haver cura para o TEA, a psicóloga destaca que a intervenção precoce e o suporte de uma equipe multidisciplinar podem ajudar a criança a desenvolver habilidades de comunicação e interação social, além de promover sua estabilidade emocional.

"É crucial ressaltar que nenhuma criança com TEA deve ser discriminada ou impedida de frequentar lugares públicos devido às suas dificuldades, muito menos serem impedidos de terem seus direitos contemplados para que possuam uma vida como a das demais crianças", conclui Rhuana.

Para mais informações e suporte, a Psicóloga Rhuana Moura Pacheco está disponível em seu consultório localizado em Nova Esperança.

Serviço:

Rhuana Moura Pacheco

Psicóloga clínica e escolar

CRP 08/38091

Tel. (44) – 99843-4986

 Rua Manoel Ribas, 355 - Centro Comercial Manoel Ribas, sala 01 Nova Esperança - PR