Obesidade e câncer de mama: nutróloga e endocrinologista Bruna Manes explica a relação entre as doenças
O aumento de peso nas mamas gera acúmulo de tecido adiposo, que pode produzir proteínas inflamatórias e enzimas responsáveis pelo desenvolvimento de câncer de mama; Estimativas do INCA apontam 66.280 novos casos de câncer no Brasil em 2020.
Uma pesquisa divulgada neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que mais de um quarto dos brasileiros, acima dos 18 anos, concluiu o ano de 2019 na obesidade. O total de 41,2 milhões de pessoas, ou 25,9%, pesando mais do que o recomendado pelos médicos. Para além das questões estéticas e a busca pelo corpo ideal, o sobrepeso chama a atenção para questões sérias relacionadas à saúde, tais como o aumento na incidência de doenças graves, como o câncer.
Ainda de acordo com a pesquisa, as mulheres foram as mais atingidas pela enfermidade no ano passado, com 29,5% dos casos, o equivalente a 25 milhões de brasileiras. Ao todo, 21,8% dos homens, ou 16,2 milhões, foram considerados obesos. Já as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), também alertam para um problema grave: segundo as projeções, no Brasil mais 66.280 novos casos de câncer devem surgir apenas em 2020.
Para a nutróloga e endocrinologista Bruna Manes, a prevenção do câncer de mama - um dos que mais mata no país - está diretamente ligada ao controle do peso.
“O sobrepeso, a obesidade, o sedentarismo, a má alimentação estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. No caso das mulheres, em especial, o acúmulo de tecido adiposo provocado pela obesidade, pode produzir proteínas inflamatórias e enzimas aromatase, que metabolizam alguns hormônios e aumentam o risco de câncer de mama”, detalhou,
No Outubro Rosa, mês em que se reforça a prevenção da doença, a especialista orienta para importância do acompanhamento médico para uma alimentação saudável e controle de doenças.
MF Press Global