Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) atingiu os alarmantes 13,5% quando o tolerável é até 1%. Arrastão contra a dengue aconteceu no decorrer da semana. 

O município de Nova Esperança entrou oficialmente na quarta-feira (12) em situação de Epidemia de Dengue. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa)  consiste na visitação de residências e estabelecimentos da cidade, com o intuito de encontrar focos de procriação do mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya atingiu os alarmantes 13,5%. Mesmo que os moradores joguem fora a água dos recipientes, como por exemplo às que se destinam à hidratação dos animais domésticos,  os ovos do mosquito da dengue seguem depositados nas bordas, podendo eclodir mesmo depois de meses. 

Portanto é importante que se lavem com bucha e sabão pelo menos uma vez por semana, evitando maiores problemas no futuro. “Se cada um fizer a sua parte, podemos melhorar a situação do nosso município no combate ao Aedes Aegypti”, ressaltou Juliana Gazola Fernandes, coordenadora da Vigilância Ambiental. O levantamento foi realizado em 16 localidades do município. O Conjunto Júlio Zacarias foi o local com o maior número de focos (27,58%) seguido da Vila Regina (25,92%). 

O município tinha, até o fechamento desta edição, haviam sido notificados 781 casos de dengue, sendo que destes 83 (positivos) foram confirmados, 73 descartados e 625 aguardam resultados. 

“As arboviroses têm essa característica de causar epidemias de tempos em tempos, e a última grande epidemia foi em 2015”, explicou Larissa Yanaze – Enfermeira da Vigilância Epidemiológica. 

O inseticida Malathion, usado por agentes de saúde para a nebulização com o objetivo de eliminar as fêmeas infectadas com o vírus é importante, porém a participação da população, eliminando os criadouros é fundamental. 

Juliana Gazola Fernandes reforça a recomendação de não deixar água parada nas casas. “Recomendo fazer uma vistoria uma vez por semana dentro e fora do imóvel, não somente no quintal, removendo qualquer tipo de recipiente que esteja com água parada. Caso não possa remover o recipiente, como um vaso sanitário com pouco uso, por exemplo, adicione sabão em pó ou detergente, por que esses produtos vão impedir que a larva se prolifere nesse criadouro. Outra medida é o uso de repelente como protetor individual”.  

Cuidados

Também é fundamental que o morador não deixe que se formem pilhas de lixo ou entulho em locais abertos, como quintais, praças e terrenos baldios, pois todos são responsáveis quando a saúde pública está em jogo. Outro hábito que pode fazer diferença é a limpeza regular das calhas, com a devida remoção de folhas que podem se acumular durante o inverno.

Estimativa aponta que para cada caso notificado, outros 09 não entram nas estatísticas, o que revela que o número de pessoas infectadas pela doença seja quase 10 vezes maior o que equivale a cerca de 7 mil casos sub notificados. “todos estes casos foram notificados por nossos profissionais. Também existem aqueles que procuram atendimento em hospitais de outras cidades, a exemplo de Maringá e consultórios particulares que acabam não sendo notificados”, explicou Larissa Yanaze.  

A Polícia Militar deu apoio nas ações envolvendo os arrastões, haja vista que os agentes encontraram dificuldades para adentrar alguns quintais. A Lei Municipal 2.074 de 11 de abril de 2011 dispõe sobre a prevenção e controle da dengue no município e a lei Federal 13.301 de 27 de junho de 2016 amparam os profissionais no exercício pleno de suas funções.