Município enfrenta grandes prejuízos após vendaval destruir comércios, residências e derrubar a rede elétrica; decretos municipais suspendem aulas e atividades esportivas.

O município de Santa Fé, localizado a cerca de 59 quilômetros de Nova Esperança, vive dias de reconstrução após ser fortemente atingido por uma tempestade acompanhada de ventos intensos na noite do último sábado (1º). A força da natureza deixou um rastro de destruição, com árvores arrancadas, barracões destruídos, postes de energia ao chão e diversos estabelecimentos comerciais danificados. Diante do cenário de caos, o prefeito Edson Palotta decretou estado de calamidade pública nesta segunda-feira (3).

A memória da noite de sábado ficará marcada para sempre na população de aproximadamente 12 mil habitantes, que viu a cidade ser tomada pela destruição. Apesar dos prejuízos materiais e estruturais, não há registro de vítimas, o que o prefeito classificou como “um alívio diante de tamanha tragédia”.

“Enviamos lonas para todas as casas que foram destelhadas, e nas árvores que caíram sobre residências já providenciamos o socorro necessário. Isso só foi possível graças ao apoio das nossas secretarias municipais, especialmente Obras e Agricultura, e à colaboração fundamental do Corpo de Bombeiros de Sarandi”, declarou o prefeito Edson Palotta, em vídeo publicado nas redes sociais.

A tempestade afetou tanto a zona urbana quanto a rural do município, provocando danos de grande proporção. Foram registrados prejuízos em quadras esportivas, postos de combustíveis, supermercados, cooperativas agrícolas e comércios, especialmente na entrada da cidade para quem vem de Maringá. O sistema de distribuição de energia elétrica também foi severamente comprometido, prejudicando inclusive unidades de saúde e a captação de água.

Decreto de calamidade pública

No Decreto nº 399/2025, a Prefeitura de Santa Fé reconhece oficialmente a situação anormal causada pela tempestade, caracterizada como “estado de calamidade pública”. O documento autoriza a mobilização da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC) e o acionamento do Plano Emergencial de Resposta aos Desastres, permitindo inclusive a convocação de voluntários e a realização de campanhas de arrecadação de recursos.

O texto ainda prevê que, em casos de risco iminente, autoridades possam penetrar em residências para prestar socorro ou determinar evacuações, conforme previsto na Constituição Federal. A Secretaria de Assistência Social foi autorizada a atuar imediatamente no suporte às famílias afetadas.

Aulas e atividades suspensas

Outro decreto, o nº 400/2025, suspendeu as aulas na rede pública municipal e todas as atividades esportivas nesta segunda-feira (3), em decorrência dos danos provocados pela tempestade e da decretação do estado de calamidade. O documento, assinado pelo prefeito Edson Palotta, retroage seus efeitos para o dia 2 de novembro.

Força-tarefa e solidariedade

Desde o início da manhã de domingo, equipes municipais, servidores e voluntários atuam na remoção de entulhos, desobstrução de vias e reconstrução de estruturas danificadas. O Corpo de Bombeiros de Sarandi enviou reforço ao município, que não possui unidade própria da corporação, auxiliando nas ações de segurança e atendimento emergencial.

“Estamos trabalhando incansavelmente para restabelecer a normalidade. É um momento difícil, mas Santa Fé tem um povo forte, solidário e resiliente. Com união e trabalho, vamos reconstruir o que foi perdido”, afirmou o prefeito Palotta.

Solidariedade mobiliza a comunidade

A Prefeitura reforçou o pedido para que doações de materiais e mantimentos sejam encaminhadas aos pontos de arrecadação definidos pela Defesa Civil Municipal. As ações de recuperação devem se estender pelos próximos dias, enquanto técnicos avaliam os prejuízos estruturais e ambientais provocados pela tempestade.

Santa Fé agora enfrenta o desafio da reconstrução, em meio à esperança de que a força coletiva da comunidade e o apoio regional possam transformar o cenário de destruição em um novo recomeço.