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Infestação de escorpião amarelo aumenta e situação entra em estado de alerta


Por: Alex Fernandes França
Data: 03/05/2019
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A incidência de escorpiões amarelos tem despertado a atenção da população de Nova Esperança e autoridades locais. Foram notificados em 2018, 22 acidentes e este ano, apenas nos 4 primeiros meses, 14 casos já foram registrados.

O escorpião amarelo, de nome científico Tityus serrulatus, típico das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil vem se proliferando muito rapidamente na região Sul, situação que vem preocupando as autoridades de Saúde de todo o Estado do Paraná.

Em 2017, a Vigilância Sanitária de Nova Esperança passou a mapear todo o município e a notificar a Secretaria de Estado de Saúde acerca dos casos de acidentes por escorpião (picadas) e do crescente aparecimento dessa espécie. Foram notificados em 2018, 22 acidentes por escorpiões e em 2019, nos primeiros 04 meses do ano, 14 ocorrências foram registradas. Segundo Juliana Gazola Fernandes, Chefe da Vigilância Sanitária e Saúde do Trabalhador de Nova Esperança, “temos 251 escorpiões registrados na Vigilância, ou seja, que trouxeram o animal até a VISA ou comunicaram formalmente que os encontraram em suas residências ou estabelecimentos”, relata.

A região central da cidade é a mais infestada, iniciando na Avenida Felipe Camarão e regiões próximas à Praça Salgado Filho. ”Hoje toda a região central tem registros. Este ano, o Conjunto Júlio Zacharias vem apresentando um aumento dessa espécie assim como a Vila Garça. Alguns registros isolados aparecem por todos os bairros”, explicou Juliana.

Vigilância 

O trabalho das Vigilâncias em Saúde é de orientar a população para o controle de infestação do aracnídeo, já que muitos estudos alertam que este crescimento da população de escorpião é imparável. “Temos que tentar controlar e evitar acidentes graves. Eles gostam de lugares úmidos, com pouca movimentação de pessoas, escuros e que tenham alimentos (insetos). Tem hábito noturno, geralmente entram nas casas durante a noite, por ralos, frestas de portas e se acham meios propícios para se alojarem. Podem ficar principalmente em materiais de construção, madeiras, assoalhos, forros de madeiras, em especial banheiros, cozinhas e lavanderias. Tenha cuidado ao manusear panos úmidos, andar descalço à noite, dormir no chão. Estes são hábitos que devem ser evitados. O morador deve sacudir roupas de cama antes de deitar, não encostar camas e berços na parede, não deixar lençóis e cobertores arrastando no chão, inspecionar toalhas antes do uso, manter cestos de roupas fechados assim como guarda-roupas e cômodas. Bater o calçado todas as vezes antes do uso e ensinar as crianças, mostrando o perigo do escorpião. Em caso de picada não se deve fazer torniquete e nem sugar o local da picada. A pessoa deve manter a calma, sem agitação, lavar com água e sabão e ser levada até o hospital. Se possível identificar a cor do escorpião e só pegá-lo com segurança. O hospital vai agir  baseado no protocolo de atendimento com animais peçonhentos”, orientou a Chefe da Vigilância Sanitária. 

Fiscais e agentes de Combate a endemias fazem visitas periódicas e inspeções, com orientações, palestras em escolas e estabelecimentos além de realizar campanhas educativas.  A Vigilância Sanitária realiza o envio de amostras para estudos da peçonha, notificação de acidentes e tipos de exemplares do aracnídeo. “Caso encontre um escorpião, favor nos comunicar. Telefone (44) 3252- 1209 ou na Rua 31 de março, 950, NIS em Nova Esperança”, finalizou Juliana Gazola Fernandes.

 

Reprodução não requer macho – Partenogênese

A espécie de escorpião amarelo preocupa, pois sua reprodução é por partenogênese, ou seja, a capacidade de se reproduzir sem que haja fecundação, não havendo necessidade de casal. “Este fenômeno facilita sua dispersão, pois um único escorpião, transportado para um novo local, pode se reproduzir e desenvolver em colônia, proliferando com muita rapidez. Este ainda tem hábitos domiciliares e a introdução de Tityus serrulatus em uma região, pode levar ao desaparecimento de outras espécies, devido à competição. É resistente à maioria dos pesticidas, possui sensibilidade de sentir a presença de uma substância irritante, se escondendo onde não tem veneno. Se desalojam quando ficam irritados e podem ficar escondidos sem se alimentar por até 30 dias e depois reaparecem”, explica Gazola.

Como os escorpiões se alimentam de pequenos insetos, a recomendação é que os moradores mantenham suas casas dedetizadas, principalmente para combater baratas, que são presas fáceis para o escorpião. “Escolham por venenos que em sua ficha técnica sejam eficazes contra escorpião, que não possuam efeito de repelência e sem cheiro, para evitar ataque da praga. No momento da aplicação é sempre bom procurar empresa especializada, pois o uso descontrolado e inseguro de venenos pode causar dano à saúde e meio ambiente”, frisou.


Anuncie com Jornal Noroeste
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