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Agredida em Academia diz que teve medo de morrer: “me senti um lixo”


Por: Alex Fernandes França
Data: 20/10/2022
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M.A.P. (33) esteve na redação do Jornal Noroeste, acompanhada por seu advogado, Dr. Antonio Silva Jr. Ela relatou que foi agredida na última segunda-feira (17) em uma conhecida Academia na região central de Nova Esperança. Temendo represálias, pediu para ter seu rosto desfocado.

Temendo represálias, a vítima M.A.P. (33), que esteve na redação do Jornal Noroeste, pediu para ter seu rosto desfocado: “estou em pânico”, frisou

Na noite de segunda-feira (17) por volta das 22h30min, M.A.P. procurou a Polícia Militar para relatar que, durante o momento em que estava realizando seu treinamento em uma academia na região central de Nova Esperança, foi abordada por um homem que lhe questionou se ela iria demorar no aparelho em que praticava seu exercício físico. “Eu respondi a ele que ainda iria me demorar um pouco. E ele me disse em tom agressivo e intimidador: ‘vou esperar aqui’. Diante disso vi que ele foi reclamar com o dono da Academia da ‘demora’, pois ele achou que isso se deveu ao uso do celular. Fui esclarecer ao proprietário que não era por conta do uso do celular, quando fui agredida com cotoveladas no meu rosto, cai ao chão. Peguei uma barra de ferro para me defender e ele, por sua vez pegou uma anilha de 10 quilos, disse iria me matar igual a um porco. Chamou-me de vagabunda e outros palavrões. Ainda estou me sentindo péssima”, afirmou.

Medo

O advogado da vítima, Dr. Antonio Silva Jr, em conversa com a reportagem afirmou: “É inconcebível em uma sociedade moderna como a nossa ter que conviver com estas agressões às mulheres por conta do destempero e intolerância de seus autores. Minha cliente, além de sentir o prazer da prática de exercícios físicos, fazia estes por recomendação médica em tratamento contra a depressão, haja vista que ela faz uso contínuo de medicamentos psiquiátricos. Ela está com muito medo de voltar à academia e até mesmo de encontrar o sujeito na rua”, disse.

O advogado disse ainda que medidas judiciais cabíveis, tanto na esfera Criminal quando na Cível já estão sendo adotadas para salvaguardar a integridade física e psíquica além da reparação dos danos morais. “Ela é uma pessoa trabalhadora. Chamá-la de vagabunda e atingi-la com palavrões impublicáveis não pode sair impune. Que seja uma aplicação de pena severa, que tenha caráter educativo e punitivo, de forma justa”, finalizou Dr. Antonio Silva Jr.

O advogado da vítima, Dr. Antonio Silva Jr disse: “medidas judiciais cabíveis, tanto na esfera Criminal quando na Cível já estão sendo adotadas”

 M.A.P. disse ainda: “fatos como este não podem passar impunes. As mulheres precisam ser respeitadas em seu direito de ir e vir. Vou ter que continuar procurando ajuda profissional para vencer este trauma”, finalizou visivelmente emocionada.

A vítima, M.P. (33 anos) esteve na quarta-feira (19) na redação do JN acompanhada por seu advogado, Dr. Antonio Silva Jr. Segundo ele, “medidas judiciais cabíveis, tanto na esfera Criminal quando na Cível já estão sendo adotadas”. O caso aconteceu na última segunda-feira (17) em Nova Esperança e gerou grande repercussão.


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