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Ação de atravessadores compromete renda dos Catadores de Recicláveis


Por: Alex Fernandes França
Data: 08/11/2019
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Presidente da Cooperalto – Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Alto Paraná, Andressa Barbosa Alves disse que catadores clandestinos acabam passando para atravessadores a preços mais baratos.

A Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Alto Paraná está sofrendo com a ação dos atravessadores que acabam comprando os recicláveis das mãos de trabalhadores clandestinos. Segundo a Presidente da Cooperalto, Andressa Barbosa Alves, “cerca de 06 ou 07 clandestinos acabam prostituindo o mercado e isso vem prejudicando bastante nossa classe”, salientou. 

 A Cooperalto recicla 56 toneladas de todo o resíduo produzido em média por mês e possui 15 cooperados e todos munidos dos equipamentos necessários para coleta, separação e destinação dos reciclados do município. Cada família recebe em média R$600,00, resultante da divisão dos lucros. Existe toda uma estrutura envolvida, pois a Cooperativa conta com esteira, prensa, balança, pack para o armazenamento dos recicláveis após a separação, elevador de fardos, entre outros equipamentos, o que não ocorre no caso dos que agem clandestinamente. 

As condições de trabalho melhoraram muito, porém prejudicadas pela ação dos que compram os recicláveis sem se preocupar com a com a questão social envolvida.  A qualidade e a quantidade de material reciclado ainda requerem maior atenção da população, haja vista que muita coisa acaba sendo descartada, pois não tem condições para reaproveitamento para a indústria. 

Os catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis desempenham papel fundamental na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com destaque para a gestão integrada dos resíduos sólidos. De modo geral, atuam nas atividades da coleta seletiva, triagem, classificação, processamento e comercialização dos resíduos reutilizáveis e recicláveis, contribuindo de forma significativa para a cadeia produtiva da reciclagem. 

“Atualmente 70% das residências separam o lixo adequadamente, mas isso pode melhorar. A população precisa se conscientizar. Vem muita coisa que não deve ir para o reciclado. Papel higiênico usado é um exemplo disso. Até animais mortos já chegaram a meio aos materiais”, ressaltou Andressa. 

A atuação dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, cuja atividade profissional é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego desde 2002, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), contribui para o aumento da vida útil dos aterros sanitários e para a diminuição da demanda por recursos naturais, na medida em que abastece as indústrias recicladoras para reinserção dos resíduos em suas ou em outras cadeias produtivas, em substituição ao uso de matérias-primas virgem.


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