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A arte de transformar a madeira em carrocerias de caminhão


Por: José Antônio Costa
Data: 19/02/2019
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Com muita lucidez e disposição, Sr. Mauro Jaime Libanore, 81 anos, caminha entre os maquinários e carrocerias fabricadas pela Carricla - Carroceria Rio Claro em Nova Esperança.  A madeira, um dos insumos mais representativos da economia brasileira é a matéria prima transformada pela empresa.

Localizada às margens da BR-376, na entrada da cidade, a indústria é uma das únicas desde a fundação do Parque Industrial na gestão do prefeito João Urbano (1983/1988). Antes funcionava no centro, na Rua Governador Bento Munhoz da Rocha Neto.

São quase 60 anos de história. Quando deixou a cidade de Tupã no interior de São Paulo no final da década de 50, Mauro Libanore chegou à Nova Esperança e no ano de 1.959, começou com dois sócios: Yolando Libanorio e Adelino Assi a fabricar carroças. “Fomos os primeiros a fabricar o carrinho de tração animal com rodas de pneu no norte do Paraná, até então, eram com rodas de ferro ou madeira e muito pesadas, danificando todo o carreador”, explica o pioneiro.

Mas o grande desafio surgiu quando o Sr. José Cândido Ribeiro pediu para Mauro fabricar uma carroceria de caminhão. “Nunca fiz”, essa foi à resposta imediata, porém aceitou e dali nasceria à fábrica de carrocerias em madeira para caminhões.

A NOROESTE REVISTA visitou a fabrica e conferiu que a produção de uma carroceria de madeira para qualquer tipo de transporte rodoviário preserva técnicas artesanais o que confere qualidade ao produto final.

A madeira que chega bruta, após uma etapa de descanso é beneficiada, medida, cortada, lixada, esquadrejada, furada, parafusada, montada e por último recebe a pintura.

Os grafismos na pintura das carrocerias são verdadeiras obras de arte que ficam para a etapa final da produção, conferindo beleza e deixando a assinatura na placa Carricla afixada na parte traseira da carroceria.

A fábrica produz em média de 6 a 8 carrocerias por mês. Sr. Mauro se orgulha quando está na estrada e vê um caminhão levando a carga numa “Carricla”. Perguntado sobre quantos caminhões já “equipou” com as carrocerias que produziu nestes quase 60 anos de trabalho, ele sorriu e brincou, “se eu tivesse ganhado R$ 10,00 em cada uma, estaria rico”, finalizou.

José Antônio Costa


Anuncie com Jornal Noroeste
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