No Tribunal do Júri de Colorado, um homem foi condenado a 32 anos de reclusão em regime inicial fechado, após ser denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) pelo assassinato da ex-companheira e tentativa de homicídio do filho dela. O crime ocorreu no início da noite de 11 de dezembro de 2022, quando as vítimas foram surpreendidas por tiros ao chegarem em casa. O agressor, que não aceitava o término do relacionamento, havia descumprido uma medida protetiva de urgência que a mulher tinha contra ele, motivada por um histórico de violência doméstica.

De acordo com a denúncia da 2ª Promotoria de Justiça de Colorado, o réu inicialmente atirou no jovem, que tinha 18 anos na época, e em seguida disparou contra a ex-companheira, que morreu no local após ser atingida por três tiros, dois deles na cabeça. O criminoso ainda retornou para atirar novamente no rapaz, que ficou gravemente ferido, mas sobreviveu.

Os jurados acolheram plenamente as teses apresentadas pelo Ministério Público durante o julgamento. No caso do homicídio da mulher, foram consideradas qualificadoras o motivo fútil (a recusa em aceitar o fim do relacionamento), o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima (ataque surpresa) e o feminicídio (crime cometido contra a mulher por sua condição de gênero em contexto de relação familiar). Quanto à tentativa de homicídio do filho, as qualificadoras reconhecidas foram o motivo fútil e o emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima.

A pena do réu foi aumentada devido ao crime ter sido cometido na presença do filho da vítima e pelo fato de ter sido praticado em descumprimento de uma medida protetiva de urgência. O tribunal também decidiu que o condenado não terá o direito de recorrer em liberdade, devendo cumprir a pena em regime fechado.