Durante entrevista exclusiva o prefeito disse que Nova Esperança atingiu o limite e regras mais rígidas poderão ser adotadas, a exemplo do fechamento total, sejam de atividades consideradas essenciais ou não. Município aguarda publicação de  novo decreto estadual para poder alinhar ações. 

O prefeito de Nova Esperança, Moacir Olivatti fez um desabafo diante o crescente número de casos do novo Coronavírus no município.  Segundo ele, a possibilidade de um lockdown total não está descartada e para que isso não ocorra, a colaboração de todos será fundamental. “Nosso papel é intensificar a fiscalização e cuidar da saúde da nossa população. Muitos não estão colaborando e infelizmente não restará alternativa que não seja a adoção de medidas mais rígidas”, desabafou.

            Nas últimas semanas o município tem recebido pacientes de cidades circunvizinhas que precisaram ser intubados, o que tornou o sistema insuficiente para atender a crescente demanda, ou seja, um completo colapso.  

“Circula por aí que o município tenha recebido um monte de dinheiro para conter a pandemia. Isso nada mais é o que já era de direito. De cada R$100 reais que o cidadão paga, apenas R$ 15 reais acabam retornando para sua localidade, quando deveria retornar bem mais, pois é aqui que as pessoas vivem e precisam de hospitais, escolas e outros estabelecimentos de atendimento. Durante este ano tomamos várias medidas no enfrentamento à Covid e inúmeras campanhas foram feitas para que as pessoas não se aglomerassem. Boa parte não respeitou e infelizmente a situação se tornou caótica”, frisou o prefeito.

A alta taxa de ocupação dos leitos destinados à pacientes com a Covid 19 vem preocupando as autoridades. “A súbita elevação dos índices relacionados à doença, com a proximidade de um estrangulamento no sistema público de saúde não deixará alternativa”, complementou Olivatti.  

Está em vigor o decreto municipal em conformidade com o Governo do Estado suspendendo o funcionamento dos serviços e atividades não essenciais  restringindo a circulação das pessoas, entre as 20 horas e às 5 horas, com validade até 08 de março, segunda-feira próxima. Hoje, sexta-feira (05), acontecerá uma reunião entre os integrantes do Comitê de Crise da Pandemia que vai deliberar sobre a adoção ou não de medidas ainda mais restritivas.

“Mas precisamos da compreensão das pessoas porque a estrutura é finita. Sem contar a questão dos profissionais da saúde, cada vez mais sobrecarregados e cansados em virtude de uma pandemia que já dura um ano. Serão dias turbulentos e, mais do que nunca, precisamos que quem puder fique em casa”, disse Olivatti.

Resolução da Secretaria de Estado da Saúde suspendeu, inicialmente por 30 dias, a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos hospitalares com demanda de terapia intensiva no pós-operatório, em âmbito público e privado, em toda a rede hospitalar do Paraná. A medida não se aplica aos procedimentos de cardiologia, oncologia e nefrologia.