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Prédio e maquinários da extinta MRG vão a leilão na próxima semana


Por: Alex Fernandes França
Data: 25/10/2019
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A empresa, que atuou por décadas em Nova Esperança no ramo de portas e janelas, teve sua falência decretada em 18 de abril de 2017. Na ocasião 120 trabalhadores perderam seus postos de trabalho. Segundo explicou o administrador judicial nomeado, as dívidas da massa falida somam mais de R$20 milhões.

O fechamento da MRG – Metalúrgica Rio Grande e outras três empresas do Grupo Moser no final de 2016 gerou um negativo impacto social na economia da cidade e região. Cerca de 120 trabalhadores perderam seus postos de trabalho e muitos ainda continuam desempregados. 

No ano passado ocorreram várias tentativas, sem sucesso de reabertura da empresa. Alta inadimplência, dificuldade jurídica em acertar com as classes e o fato de que empresas concorrentes acabaram absorvendo o mercado (clientes) foram principais motivos apontados por Isaque Lourenço, administrador judicial nomeado para gerir o patrimônio. 

À época das tratativas a administração judicial sabedora dos prejuízos causados para a economia local e o impacto social negativo gerado com as demissões, atuou no sentido de buscar a reativação da empresa, desde que a falência da MRG fora decretada oficialmente em abril de 2017. Para tanto várias opções, incluindo de arrendamento por outras empresas interessadas em assumir a situação e efetivamente reativar as atividades foram recusadas.  Passado essa primeira fase, surgiu um interessado em assumir o passivo mediante o período de carência de 2 anos, porém essa possibilidade também não prosperou haja vista que dentre os credores estava a Caixa Econômica Federal, banco pelo qual o prédio está alienado fiduciariamente.

As dívidas da MRG somam mais de R$20 milhões. Os ativos que compõe a massa falida são compostos do prédio, 04 caminhões, diversos maquinários, móveis de escritório dentre outros que podem ser visualizados no site da empresa responsável pela organização do leilão que é a JE Leilões. O conjunto de ativo soma o valor de R$ 11.039.120,00 com lance sugerido de 50% R$ 5.519.560,00, somente o imóvel está avaliado em R$ 7.017.250,00 com lance sugerido de 50% ou seja, R$ 3.508.625,00. “Uma vez arrematado, o valor do imóvel será utilizado para pagar primeiro um contrato de financiamento na modalidade de alienação fiduciária junto à CEF, no valor de R$ 2.548.000,00 e o restante, descontado a comissão destinada à empresa leiloeira (entre 2% a 5%) somado à venda dos maquinários e dos móveis, irá então, prioritariamente, ao pagamento da classe trabalhista, ou seja, os 120 ex-funcionários, independentemente destes terem ou não ingressado com ação junto à Justiça do Trabalho, uma vez que todos vão receber em conformidade com seus créditos. A massa falida, por ocasião do pedido de autofalência reconheceu todas as dívidas junto aos funcionários”, explicou Isaque Lourenço.  

Os maquinários (bens móveis) serão leiloados e foram avaliados em R$ 4.021.870,00 para arremate em primeira praça e caso não ocorra, irão para os lances em segunda praça, que se iniciará com 50% do seu valor inicial, ou seja, R$2.010.935,00. “São vários maquinários em bom estado de conservação, outros porém só possuem seu valor vinculado ao local da atividade que já foi encerrada, como por exemplo o tanque de fosfatização integrado que era à linha de montagem ora inexistente e sem adequação para outro local, uma vez que esse layout de rotina de produção já não existe mais”, explicou o administrador Judicial.  O prédio da empresa, localizado na Rua Carlos Fucks, 14, Parque Industrial de Nova Esperança possui uma área total de 7.327 m². O Leilão está marcado para acontecer na sede da Ordem dos Advogados do Brasil – subseção Nova Esperança, a partir das 13:30min. 

“A quem arrematar poderá dar 25% do valor de entrada e pagar o restante em 30 parcelas mensais, com valores corrigidos pelo INPC consignado a uma caução de 25% sobre o valor arrematado a título de garantia. Caso não surjam interessados, os bens passarão por nova avaliação e um novo leilão, a posteriori, marcado”, finalizou Isaque Lourenço.


Anuncie com Jornal Noroeste
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