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Luto - Polícia investiga se morte de criança foi por negligência ou fatalidade


Por: Alex Fernandes França
Data: 21/12/2018
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A pequena Alana, que acidentalmente se enforcou na alça da própria mochila, veio a óbito na tarde de quarta-feira (17), após 06 dias internada, gerando um clima de grande comoção em Nova Esperança. Polícia Civil trabalha com a hipótese de homicídio culposo.

 

Na sexta-feira passada (14) uma ocorrência chocou os moradores de Nova Esperança quando, a pequena Alana,  de quase dois anos de idade sofreu asfixia dentro de uma escola particular da cidade.

Em nota divulgada na imprensa, logo após a ocorrência dos fatos, a escola Espaço Aprender afirmou que a criança, aluna do berçário, ao brincar dentro da sala de aula, enroscou o pescoço na alça de uma das bolsas que estava pendurada na parede, o que causou asfixia. "Notando que a aluna estava enrolada na alça da bolsa, a professora imediatamente prestou os primeiros socorros", diz trecho do comunicado.

 

Tão logo soube a respeito do óbito, ocorrido na tarde de quarta-feira (17) a reportagem esteve na delegacia da Polícia Civil de Nova Esperança e conversou com Dr. Leandro Farnese Teixeira, delegado responsável pelas investigações. Ele informou que não haviam câmeras no local onde o acidente acontecera. O gancho em que a mochila estava dependurada e a documentação da escola foram periciados.

“As investigações visam apurar se houve negligência ou eventual tipo de descuido dos profissionais da escola, se ocorreu alguma conduta que levou a esse resultado. Estamos trabalhando com a hipótese de homicídio culposo”, explicou o delegado.

Depoimentos prosseguem

A Polícia segue colhendo depoimentos dos profissionais que atuam na referida escola para concluir o Inquérito Policial. “Todas as versões estão sendo apresentadas harmonicamente e apontam que as crianças estavam na sala de aula, foram se organizar para sair e neste momento a pequena Alana teria enroscado a cabeça na alça de uma bolsa que estava dependurada. A mochila, cuja alça era comprida e fina, não era comumente levada na escola. Apenas no último dia de aula ela foi levada. Neste momento a alça teria tracionado no pescoço, causando o enforcamento”, explicou Farnese.

A Polícia Civil informou que segue apurando se houve ou não negligência por parte de algum dos profissionais daquele estabelecimento de ensino. “Se houve previsibilidade de que os fatos pudessem ocorrer, podemos então gerar a responsabilização criminal. Nossa responsabilidade é apurar se houve ou não crime, sem envolver a questão cível, que vai ocorrer em outra esfera do Judiciário, muito embora algum elemento do que aqui for produzido poderá ser usado, a título de prova emprestada. Estamos juntando elementos para definir se o que houve foi negligência ou fatalidade. Inquérito Policial deverá estar concluído no início do  próximo ano”, finalizou o delegado. 

Alana foi sepultada na tarde de quinta-feira (20) no Cemitério Municipal de Nova Esperança, em clima de grande comoção. 


Anuncie com Jornal Noroeste
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