Erick Rosa da Silva Dourado e Fernando Henrique da Silva Magri foram submetidos à sessão de julgamento na terça-feira (02) do Salão do Júri do Fórum da Comarca de Nova Esperança. Eles foram denunciados pelo MP na morte de Milton Thiarles Magalhães, ocorrida em 2019 no Conjunto Nova Esperança.

(Alex Fernandes França) O Juiz de Direito e Presidente do Tribunal do Júri, Dr. Arthur Cezar Rocha Cazella Júnior no momento da leitura das sentenças impostas aos réus. Um deles, Erick Rosa da Silva Dourado foi condenado a 07 anos e 09 meses de reclusão e o outro, Fernando Henrique da Silva Magri, acabou sendo absolvido. Coube ao Conselho de Sentença, composto este por 07 pessoas da comunidade, o destino de cada um dos denunciados

Aconteceu, na última terça-feira (02), no Salão do Júri do Fórum da Comarca de Nova Esperança. A Sessão de Julgamento de dois, dos três denunciados pela morte de Milton Thiarles Magalhães de 29 anos.

 De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, na madrugada de 23 de janeiro de 2019, por volta de 00h50min, na casa localizada na Rua Minoro Sakasegawa, o denunciado Leandro Relíquia da Silva, já foi julgado e condenado no ano passado, agindo dolosamente, consciente de sua ilicitude e censurabilidade de sua conduta e  em concurso com os codenunciados Erick Rosa da Silva Dourado e Fernando Henrique da Silva Magri ou a mando destes, mediante o emprego de arma de fogo (instrumento não apreendido, matou a vítima Milton Thiarles Magalhães, ocasião em que nela desferiu 5 (cinco) tiros dentre os quais 2 (dois) ou 3 (três) atingiram-na no tórax à direita e coxa direita, cujas lesões foram descritas no laudo de necropsia anexado na denúncia.

Ainda segundo o MP, os denunciados Leandro, Erick e Fernando agindo previamente ajustados, cada um com uma tarefa destinada à consecução do desiderato criminoso uma vez que estavam reunidos em comemoração ao aniversário de Erick ocorrido na data pretérita (noite de 22 de janeiro de 2019). Os denunciados Erick e Fernando, agindo conluiados, forneceram a arma de fogo (revólver) para o executor Leandro para que matasse a vítima. O denunciado Erick foi quem conduziu e indicou a casa onde a vítima morava em companhia da ex-companheira (ex-convivente) do denunciado Erick Rosa da Silva Dourado. O denunciado e já julgado/condenado no fim de 2020, Leandro entrou clandestinamente no quintal da casa, foi até a janela e chamou a vítima. No momento em que a vítima se levantou para atender, Leandro contra ela disparou 5 (cinco) tiros.  O MP ainda relatou que em seguida o denunciado Leandro juntou-se novamente om o codenunciado Erick que o esperava nas imediações, tendo-lhe devolvido a arma que, por sua vez fora devolvida para “o dono” (Fernando Henrique) que estava na casa onde consumiam bebidas anteriormente. A vítima inicialmente refugiou-se no banheiro da casa, pediu por socorro para a companheira e em seguida saiu para a rua, tendo caído na calçada.

Debates e Sentença

Reportagem feita pelo JN à época do ocorrido contou que Milton Thiarles chegou a ser socorrido e atendido no Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos, vindo em seguida a óbito. 

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Para o MP o crime foi executado mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, visto que houve dissimulação, colheram-na desprevenida sala de sua casa, à noite, inclusive o executor Leandro disparou de fora para dentro da residência através da janela. Agiram por motivo fútil visto que os denunciados Erick, Fernando e Leandro resolveram matar a vítima porque a atual companheira de Milton Thiarles fora ex-namorada do codenunciado Erick que agiu motivado por vingança em razão do rompimento da relação com a ex-companheira.

         Após os debates entre os advogados de defesa de cada um dos respectivos réus e a acusação (Ministério Público), o Conselho de Sentença, composto por 07 pessoas da sociedade decidiu pela condenação a de Erick Rosa da Silva Dourado a uma pena de 07 anos e 11 meses por homicídio simples e a absolvição do outro réu, Fernando Henrique da Silva Magri.

 (Arquivo) – A vítima, Milton Thiarles Magalhães, de 29 anos, foi surpreendida em sua residência, na madrugada de 23 de janeiro de 2019. Alvejado com 05 tiros, o jovem não resistiu aos ferimentos e morreu.