Cadeia Pública passa por remodelações que incluem portal para detecção de metais
Colocação de portões eletrônicos para evitar contatos diretos com presos, reformas na parte estrutural, portal para detecção de metais utilizado nas Olimpíadas de 2016, e outras melhorias estão sendo feitas na Cadeia Pública de Nova Esperança.
A Cadeia Pública de Nova Esperança está passando por diversas remodelações, cujas melhorias começaram com a mudança no perfil dos presos. Segundo Rodney de Oliveira Agente Penitenciário que atua como o Gestor da Cadeia, os detentos recentemente transferidos no sistema de permuta com a Penitenciaria Estadual de Maringá e da Casa de Custódia, são mais fáceis de lidar. “Essa foi uma iniciativa que teve como objetivo livrar a cidade de criminosos vinculados a facções que historicamente oferecem maiores riscos. Atualmente mais de 50% que aqui estão encarcerados estão ligados a crimes de natureza sexual. O nível de agressividade é baixo. Todo criminoso é um covarde, porém estes só agem mediante situação em que ele sinta que não será pego. O criminoso sexual é um doente. Não age ostensivamente como os marginais perigosos”, explicou. Dentro de 30 dias todos os detentos terão o mesmo perfil: com mais idade e menor pena a cumprir, ou seja, oferecendo menores riscos à população local.
Um portal detector de metais será colocado, diminuindo em mais de 90% a possibilidade da entrada de celulares e outros objetos ilícitos no interior das celas. As outras formas de entrada podem se dar em meio à alimentação ou arremessos externos, que também serão monitoradas. “Além disso, os internos passarão por buscas pessoais com intuito de retirar algum material que eventualmente tenha entrado e punir se estiver portando algo proibido”, explicou Rodney. Ainda segundo ele, com o intuito de recuperar e ressocializar o indivíduo, uma série de medidas estão sendo propostas para melhorar o tratamento penal: “graças a bons relacionamentos que temos conseguimos um equipamento odontológico completo. Logo teremos a atuação de médico, dentista, psicólogo e Assistente Social. Os espaços já estão projetados”, explicou Rodney de Oliveira. Convênios com os municípios da Comarca (Nova Esperança, Atalaia, Uniflor, Pres. Castelo Branco e Floraí) permitirão que os serviços a sejam ofertados aos 109 presos na cadeia pública local.