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Acidente aéreo em Nova Esperança, dia 18 de Junho de 1977


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 14/12/2018
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Nós estávamos no auge de nossas vidas, família feliz, os negócios estavam indo bem e financeiramente estabilizado. Tudo estava perfeito até que....

Meu marido de saudosa memória gostava de caçar e pescar era seu hobby.

Ele tinha fechado um negócio milionário (vendeu uma fazenda) para o dono da fabrica de geladeiras Cônsul, e por conta disso, ganhou uma comissão razoável e comprou nosso avião porque seus negócios eram no Mato Grosso.

O dono da fazenda (nosso amigo particular) também gostava de caçar e nesta fazenda tinha muitas perdizes e nos convidou para passarmos o final de semana.

Eu não podia me ausentar da cidade com meus filhos (escola) então ele convidou seus amigos e foram caçar e voltar no mesmo dia.

Saíram bem cedo e ao voltar o por do sol já estava no horário crítico (último horário) e o piloto que estava conosco à dois meses não estava familiarizado com a pista.

Por não localizar ficou sobrevoando... 

A pista era particular, e não tinha iluminação.

Quando o piloto conseguiu localizar e veio para pouso... aterrissou uns 150 metros antes e bateu numa arvore.

 Eu tentando chegar à cabeceira da pista para iluminar com meu carro e dar idéia de onde começava. Mas... não consegui!

Quando cheguei com muita dificuldade no local porque já estava escuro, alguém gritava de longe para não riscar fósforo e que ele precisava de um alicate para cortar a cerca de arame. Enquanto isso eu chegava perto do avião e ouvia gritos e gemidos, uivos dos cachorros que estavam morrendo também.

Aquela voz continuava a gritar para alguém ir buscar socorro. Então pensei: eu não posso ajudar a tirar os corpos e não posso ver sangue...rapidamente peguei meu carro e fui em busca de socorro. O medo era do avião explodir.

 Mas, não consegui...vi o avião com suas luzes acesas para pouso.

E logo em seguida a explosão...

Quatro pessoas a bordo. Dois morreram na hora, meu marido (Osvaldo Leal Sobrinho) e nosso amigo José português. O piloto morreu 15 dias depois. E ficou um sobrevivente, Aldo Carraro.

Quando entrei no carro para tentar ajudar a iluminar a pista deixei meu filhinho de seis aninho em terra com as pessoas que estavam ali e disse: a mamãe vai ajudar o papai e já volto te buscar...mas de lá fui em busca de socorro médico, ambulância, ferramentas e faroletes no posto do Riad, e por isso não voltei buscá-lo. 

Tudo aconteceu tão rápido...

Quando retornei os carros já tinham iluminado e estavam tirando os corpos. Nossos amigos chorando e então perguntei: onde esta o meu marido? 

E alguém não respondeu e disse: levem-na rápido para o hospital e não a deixem dirigir.

Nestas alturas não me lembrei que meu filhinho tinha ficado no meio de tudo isso e visto tudo. Foram dias negros para nós...mas, sobrevivemos graças a Deus.

Após este acidente tive um encontro verdadeiro com Jesus Cristo VIVO que curou todos os meus traumas e lembranças e a cura foi tão espetacular que virou um ministério de cura da alma. 

 Hoje eu volto à Nova Esperança para agradecer a Deus pelo seu aniversário, e também para dizer a você meu amigo que é possível se levantar de dentro e andar em novidade de vida mesmo diante de seus desertos existenciais.

Quero que saiba que o único que pode curar as lembranças amargas do seu passado é o Espírito Santo de Deus, na pessoa de Jesus Cristo VIVO. Eu experimentei este amor que cura e que transforma e nos dá uma NOVA ESPERANÇA.

Abraços a todos meus amigos e familiares que moram nesta cidade maravilhosa que eu amo. Beijos e fiquem com Jesus.  Matéria publicada na Noroeste Revista – edição 01 de dezembro/2014


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