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É muito comum ouvirmos dos pais que seus filhos são maduros para sua idade, que já não tem interesse em brincar como crianças, que sabem se virar bem sozinhos, resolver problemas e se preocupam com a casa e as finanças, cuidam dos irmãos mais novos, se comportam como miniaturas de adultos. Muitas vezes essas crianças estão cheias de atividades extras dadas como uma preparação para um futuro promissor, pois para a sociedade contemporânea ganha aquele que está mais preparado e por isso muitas vezes os pais ficam em busca de filhos gênios, que competem o tempo todo.

Guiados pela ânsia dos olhares alheios não aceitam o menor defeito, seja qual for a atividade, gênios na escola, atletas espetaculares, bilíngues ou poliglotas. A rotina excessiva de trabalho dos adultos faz com que cobrem demais das crianças. 

Mas isso não quer dizer que os pais estão exigindo demais por maldade, na verdade se equivocam ao tentar proporcionar aos filhos o melhor e acabam pecando no excesso. Com o excesso de atividades as crianças estão mais estressadas, ansiosas e deprimidas. Isso ocorre pois estão imersas na busca incansável por resultados, entrando assim em constante competição, desprovidas das habilidades sociais as crianças não sabem se relacionar de forma adequada. Muitas vezes os pais acreditam que quanto mais habilidades os filhos têm, mais irão desenvolver as relações sociais. Mas aquele que vive constantemente competindo, não desenvolve a habilidade de respeitar as diferenças, pois não tiveram tempo de desenvolver essas relações na brincadeira. É importante entender que criança precisa brincar, precisa de ócio para se desenvolver, é através da brincadeira que a criança aprende a se relacionar, que aprende a elaborar suas emoções, seus medos, suas frustrações e as atividades excessivas as privam disso.

Não podemos falar somente da saúde mental, pois a saúde física da criança também é impactada. Acostumadas a reproduzir o comportamento dos adultos e com uma rotina muito corrida, as crianças acabam se alimentando mal. E como resultado, encontramos um número enorme de meninos e meninas que apresentam problemas de saúde, como pressão alta e alteração nas taxas de colesterol.

Mas podemos mudar essa realidade, analise o que de fato é essencial para o seu filho e diminua suas atividades, proporcione tempo para brincar e ser criança de forma plena, livre de preocupações que não lhe cabem. A criança deve se preocupar apenas com o brincar, sonhar e imaginar o mundo de forma colorida. A infância dura tão pouco, não deixemos que elas percam o pouco tempo que tem com vivências adultas. O brincar proporciona grandes aprendizados à criança, aprendizados esses que irão contribuir para uma vida adulta saudável. 

Yuri Brasiliano C. da Costa


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