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Município retoma aulas no sistema híbrido e alto índice de evasão escolar preocupa o Ministério Público


Por: Alex Fernandes França
Data: 20/05/2021
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O sistema híbrido teve início em Nova Esperança no dia 11 de Maio para os alunos de 4º e 5º anos de todas as escolas, para os alunos (que os Pais e/ou Responsáveis optaram através de Termo de Ciência a voltar às aulas presenciais). Ministério Público alerta para o crescente aumento no número de vítimas silenciosas de crianças longe da comunidade escolar.

 Municipio retoma aulas no sistema hibrido e alto indice de evasao escolar preocupa o ministerio publico

A reabertura das escolas municipais do Ensino Fundamental em Nova Esperança estão ocorrendo de forma gradual, de acordo com as orientações dos órgãos competentes

A reabertura das escolas municipais do Ensino Fundamental em Nova Esperança estão ocorrendo de forma gradual, de acordo com as orientações dos órgãos competentes e a possibilidade de cumprimento integral dos protocolos de segurança sanitária, enquanto que a Educação Infantil permanecerá somente com atividades domiciliares , grupos de interação de pais, alunos e professora e videoaulas explicativas para os alunos.

            O Secretário Municipal da Educação, Edno Guandalin explicou: “o Ensino Híbrido é facultativo à adesão das famílias. As aulas remotas (com entrega de atividades domiciliares) estão ocorrendo normalmente como vinham acontecendo, e as aulas presenciais estão ocorrendo de forma escalonada. Os pais e/ou Responsáveis Legais que decidiram pelo retorno presencial dos estudantes apresentaram Termo de Ciência assinado”, frisou.

            Cada professor prepara as atividades de sua turma, suas videoaulas semanais com as explicações sobre as aulas e envia para os pais.

          No dia da aula presencial, o professor está presente na sala de aula monitorando as atividades domiciliares conforme escala de atendimento de alunos.

Secretário da Educação Edno Guandalin

“A instituição de ensino organizou as escalas dos alunos para as aulas presenciais para que todas as turmas sejam atendidas presencialmente pelo menos uma vez por semana. As escolas integrais atendem os alunos de manhã com as atividades domiciliares e a tarde com aulas de apoio pedagógico”, disse o Secretário da Educação Edno Guandalin

Organização

“A instituição de ensino organizou as escalas dos alunos para as aulas presenciais para que todas as turmas sejam atendidas presencialmente pelo menos uma vez por semana. As escolas integrais atendem os alunos de manhã com as atividades domiciliares e a tarde com aulas de apoio pedagógico”, disse o Secretário. Segundo apurou a reportagem, as atividades domiciliares continuam sendo entregues toda segunda-feira. Neste dia, os pais levam as atividades, os alunos fazem o que conseguem, e as atividades que tiverem maiores dificuldades poderão ser feitas de forma presencial com o auxílio do professor.

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Retorno às aulas: cumprimento integral dos protocolos de segurança sanitária

            O sistema híbrido teve início no dia 11 de Maio de 2021 para os alunos de 4º e 5º anos de todas escolas, para os alunos (que os Pais e/ou Responsáveis optaram através de Termo de Ciência a voltar às aulas presenciais). Os alunos retornaram de forma escalonada. As turmas foram divididas em 3 grupos, independente do total de alunos em cada sala. (um grupo de alunos frequenta a escola na terça , outro na quarta e outro na quinta).O horário das aulas - das 7h30minutos até as 10h30minutos (turno matutino) e das 13 até as 16horas (turno vespertino).

            A Secretaria Municipal da Educação - SEMED possui um plano de ação de volta às aulas e todas as escolas possuem seu plano de ação de enfrentamento ao Coronavírus  e um comitê para monitorar tais ações.

Na mira do MP: evasão escolar, defasagem educacional, situações de vulnerabilidade e risco social

Vítimas silenciosas: crianças e adolescentes, para as quais é necessário haver maior esforço de todos para proteção e garantia de direitos. “Longe do refúgio escolar, muitas vítimas ficam ainda mais expostas a seus agressores”, ressalta a Promotora Drª Viviane Gerelus

Ouça a íntegra da entrevista com a Promotora de Justiça da Comarca de Nova Esperança

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“Crianças que não se alfabetizarem adequadamente não conseguirão acompanhar seus companheiros de turma nas séries subsequentes, perdendo o interesse pela escola e deixando de tê-la como referência e vai se afastando. É obrigatório que a criança esteja matriculada na rede regular de ensino, sob pena de incorrer em crime de abandono intelectual”, alertou a Promotora da Vara da Infância e Juventude,  Drª Viviane Gerelus

O Ministério Público está preocupado com o grande índice de evasão escolar que vem ocorrendo por conta da pandemia. A Promotora da Vara da Infância e Juventude do Foro Regional de Nova Esperança, Drª Viviane Gerelus falou sobre o cronograma de retorno das atividades escolares nos municípios que compõem a Comarca e disse que todos optaram por retornar imediatamente. Segundo ela, a exceção ficou por conta de Floraí: “Eles optaram por um atendimento dos mais vulneráveis alunos laudados, ou seja, os que têm alguma necessidade de atividade de reforço e vão iniciar em junho. As aulas inicialmente terão alunos presenciais e outros em casa, se alternando por conta da pandemia”, informou.

            A Promotora disse da preocupação de, uma vez passada a pandemia, muitas crianças e adolescentes não mais retornarem para o universo escolar, ficando expostos a várias situações de vulnerabilidade. “O ambiente educacional é controlado e é seguro enviar nossos filhos à escola, onde ocorre a menor probabilidade de contaminação pelo novo coronavírus, desde que os protocolos sejam cumpridos eficazmente. Para isso as Secretárias de Saúde dos municípios estão dando o suporte para a volta às aulas de forma segura, respeitando as especificidades de cada escola. O MP vai acompanhar também de perto a evolução da vacinação dos professores”, frisou. 

Vítimas silenciosas

A epidemia da Covid-19 tem feito, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro, vítimas silenciosas: crianças e adolescentes, para as quais é necessário haver maior esforço de todos para proteção e garantia de direitos. Neste sentido, a representante do MP sempre se demonstrou incisiva na defesa do retorno das aulas. “Desde a alimentação, com acompanhamentos de nutricionistas até mesmo eventuais situações de violências as quais possam estar vivenciando no lar. As denúncias à Promotoria diminuíram, justamente por conta de situações que estão ocorrendo longe do olhar dos educadores e comunidade escolar como um todo. Longe da rede de proteção,  muitas crianças a adolescentes ficaram mais expostos. Outro problema diz respeito à saúde mental, pois o convívio presencial é fundamental além das atividades físicas praticadas nas escolas, pois muitas crianças ficam expostas à telas de celulares, tablets ou televisores praticamente o dia todo. As ocorrências de saúde nesta área aumentaram consideravelmente. A preocupação com a volta às aulas do ensino fundamental eanos  iniciais e educação infantil obrigatória é que nesta fase da evolução psicológica que se formam as questões relacionadas à socialização surgindo inúmeros problemas de ordem mental, levando até a situações como aumento de suicídio na adolescência ou prática de delitos”, explicou a Promotora.

A defasagem escolar também está na mira do MP, cujo problema já era existente a nível nacional mesmo antes da pandemia, porém, agravado no último ano. A pandemia tem atingido crianças e adolescentes desproporcionalmente, sobretudo, aqueles que vivem nas famílias mais pobres. A queda da renda familiar, a insegurança alimentar e, praticamente, um ano de afastamento das salas de aulas terão impactos duradouros na vida de meninas e meninos.

Uma das grandes preocupações dos especialistas em Educação, compartilhada pela representante do Ministério Público é a defasagem escolar principalmente, para os que vivem em situação de vulnerabilidade e risco social. Em Nova Esperança a frequência dos alunos após a retomada das aulas está com os seguintes índices percentuais: Escolas: Filomena M. Zanusso – 57,3%; Júlio Benatti 44%; Nice Braga 42,2%; Ladislau Ban – 35,2%; Tancredo Neves 28% e Jorge Faneco com apenas 11,8%.

 

Além do acesso precário a recursos tecnológicos, o espaço de casa reduzido desfavorece a concentração, muitos dos familiares não conseguem prestar apoio nas atividades por possuírem baixa escolaridade e várias crianças e adolescentes, que vivem em situação de violência, acabam convivendo mais tempo com seu agressor. “Crianças que não se alfabetizarem adequadamente não conseguirão acompanhar seus companheiros de turma nas séries subsequentes, perdendo o interesse pela escola e deixando de tê-la como referência e vai se afastando. É obrigatório que a criança esteja matriculada na rede regular de ensino, sob pena de incorrer em crime de abandono intelectual”, alertou Drª Viviane.

 

MPPR reforça cuidados a serem seguidos na volta às aulas presenciais -   clique aqui

Guia de Segurança para retorno às aulas:

 


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