Brasil: samba, carnaval e feijoada. Será que é só isso?

Alunos da 2 série A do Colégio Cristão Integrado de Maringá - Foto: Divulgação
Quem nunca sentiu uma palpitação no coração e uma euforia antes de assistir a um jogo de futebol do Brasil numa copa do mundo. O barulho da torcida, as cores verde e amarelo pulsando no estádio, a tensão dos jogadores, o badalar do nosso inconfundível hino nacional. É, esse é o nosso Brasil! Todo brasileiro ouviu uma batida de funk, forró ou sertanejo. Falou um “oxênte’’, “papo-reto” ou “pode pá”.
Já cantava a Carmem Miranda: “Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro, vou cantar-te nos meus versos!” São sensações, versos, músicas que ressaltam o nosso nacionalismo que se forma pela construção da nossa identidade, enquanto um povo que possui padrões culturais comuns e compartilham do mesmo território em um espaço do planeta.
A miscigenação brasileira, embora tenha contribuído para a formação de uma cultura rica e diversificada, também está impregnada de complexidades e problemas subjacentes. Um dos principais aspectos criticáveis do processo de miscigenação é a sua história marcada pela violência e pela desigualdade. A miscigenação no Brasil muitas vezes ocorreu como resultado da exploração e opressão dos povos indígenas e africanos, seja através de genocídios, memoricídios, escravidão ou da marginalização social.
Uma das características mais marcantes da identidade nacional brasileira é a sua cultura. Cada região do país possui suas próprias tradições e influências distintas. Do samba no Rio de Janeiro ao forró no Nordeste, da capoeira na Bahia ao churrasco no Sul, a cultura brasileira é uma tapeçaria de cores, sabores e ritmos que reflete a rica mistura de heranças culturais.
Outra característica marcante que é definida por Sérgio Buarque de Hollanda no livro "Raízes do Brasil” é o brasileiro como o “Homem Cordial” aquele que age com a emoção no lugar da razão. O famoso “jeitinho brasileiro de ser” que tem o seu lado bom quando o ser é empático, cuidadoso e fraterno ou o seu lado negativo quando mascara o que é errado resultando em diferentes consequências.
Em entrevista com Reinaldo José, 25 anos, nascido em Cúcuta, Colômbia e residente no Brasil há 5 anos, ele afirma perceber várias características do estilo de vida e cultura dos brasileiros, como hospitalidade e calor humano, o que torna a adaptação muito mais fácil. A diversidade cultural brasileira tem influências indígenas, africanas, europeias e isso se reflete na gastronomia, música e tradições. As festividades também fazem parte da cultura, sendo difícil pensar no país e ao mesmo tempo não pensar em celebrações culturais tais como carnaval, festas juninas e outras. Assim como em outros países, o Brasil não é isento de desafios significativos em relação à desigualdade social e econômica, com disparidades visíveis entre diferentes grupos socioeconômicos.
A identidade nacional brasileira continua a evoluir e se adaptar às mudanças sociais, políticas e econômicas. A globalização trouxe novas influências culturais ao país, ao mesmo tempo em que a tecnologia e a mídia permitem que os brasileiros expressem e compartilhem sua cultura com o mundo.
Apesar da riqueza cultural do Brasil, o país também enfrenta desafios em relação à preservação e promoção de sua identidade nacional. A desigualdade social, a discriminação racial e as disparidades regionais podem minar a coesão social e a valorização da diversidade cultural. No entanto, esses desafios também representam oportunidades para fortalecer a identidade nacional brasileira, promovendo o respeito à diversidade e o orgulho de suas raízes culturais.
A identidade nacional brasileira é um reflexo da rica história e das diferentes culturas do país. É uma fusão de influências indígenas, africanas, europeias e de muitas outras partes do mundo. À medida que o Brasil avança no século XXI, é essencial valorizar e celebrar essa identidade única, promovendo o respeito à diversidade e construindo uma sociedade mais inclusiva e justa para todos os brasileiros.
Matéria mediada pelo Profº Bruno Cordeiro e elaborada pelos alunos da 2ª série A do Colégio Cristão Integrado de Maringá- CCIM, como prática do laboratório jornalístico no itinerário formativo de Geografia.