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Paraná tem o 2º maior número de endividados, mas condição de pagamento das dívidas é a melhor em seis anos


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 03/09/2021
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Segundo pesquisa da CNC e Fecomércio PR 90,2% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida em agosto

Após elevação do endividamento em julho, a parcela de famílias com dívidas reduziu no Paraná em agosto. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 90,2% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida. Em julho, esse percentual havia subido para 91,1%.

No cenário nacional, o endividamento atingiu recorde, com 72,9%. Entre os motivos da alta contratação de dívidas, a CNC lista a precariedade do mercado de trabalho formal e a inflação elevada. Em um recorte sobre o problema nos estados, o Acre ocupa o topo da lista de famílias endividadas (93,7%) em agosto. Já as famílias paranaenses pontuam o segundo lugar no nível de endividamento do país.

Apesar do alto índice de endividamento, as condições de pagamento das dívidas são melhores no Paraná do que na média nacional. A parcela de famílias com contas em atraso segue em redução no estado, ao cair 5,3% de julho para agosto e baixar 24% na variação anual. Com 22,4%, chegou ao menor patamar desde setembro de 2013 (20,3%). A média nacional de atraso nos pagamentos ficou em 25,6%.

Da mesma forma, a proporção dos paranaenses sem condições de quitar seus débitos caiu para 8,3%, a situação mais favorável dos últimos seis anos (agosto/2015:  7,6%). Na comparação com agosto de 2020, houve melhora considerável entre os que permanecerão inadimplentes, com queda de 41,1% na variação anual. Já o cenário brasileiro aponta que 10,7% das famílias não terão condições de quitar suas contas.

A queda expressiva dos indicadores paranaenses pode ser atribuída a alguns fatores, entre eles o fato de que no mesmo período de 2020 a renda estava menor, pela redução salarial dos empregados e da renda das famílias. Apesar do governo federal ter relançado o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, nos mesmos moldes da MP 936/2020, a adesão foi muito menor em 2021. Com a pandemia também se verificou uma mudança no padrão de consumo das famílias, que passam a evitar novos endividamentos e priorizar gastos, principalmente as de baixa renda, cujo poder de compra foi diminuído pelo aumento do preço dos alimentos, gás e energia elétrica. O avanço da vacinação tem contribuído para a retomada da economia e, consequentemente, na geração de empregos.

Tipo de dívidas

O cartão de crédito, como sempre, concentrou 73,1% das dívidas dos paranaenses em agosto, seguido pelos financiamentos de carro, com 12,3%, e casa, com 9,3%. No âmbito nacional, a proporção de dívidas no cartão de crédito também teve recorde histórico, com 83,6% dos brasileiros endividados neste método de parcelamento.

Análise por renda

Na segmentação por renda houve redução do endividamento nas duas faixas de rendimentos pesquisadas: nas famílias com renda até dez salários mínimos o índice de endividamento é de 90%, enquanto nas famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, é de 91,5%.


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