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Pingos e Respingos


Por: Dr. Juarez de Oliveira
Data: 05/06/2020
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Opinião do Blog

 

George Floyd (46) e João Pedro (14): quando se dará a cura do racismo?

Estados Unidos, um país com cerca de 14% a 15% de negros, com uma população de 330 milhões de habitantes, 300 milhões de armas nas mãos da população, volta a balançar as estruturas do país em conseqüência da asfixia e morte do negro, George Floyd, 46 anos, depois de estar algemado, imobilizado no chão, por parte de um policial branco, que ajoelhou no pescoço da vítima até morrer. Em Minneápolis. Muitas pessoas perguntam? Mas por que tanta violência por lá, que tem bem menos negros do que aqui no Brasil, que possui entre negros e pardos 55% da população de 210 milhões de habitantes? O que acontece é que lá tem muita história sobre o racismo, abolição da escravatura e segregação racial, além da cultura do negro, coisas que no Brasil são muito veladas (escondidas).  A Guerra de Secessão ou Guerra Civil Americana (entre as regiões do Norte e do Sul daquele país) acontecida em1861, tem como motivo principal, que o Norte, região industrializada, brancos e negros empregados registrados e viviam como uma classe média urbana. No Sul, a região mais agrícola, muita rica em algodão, precisava da mão de obra dos escravos e não queria a abolição da escravatura. Brancos e negros viviam separados. Em razão dessa discussão, o Sul formou o chamado Estados Confederados da América e queria se separar do Norte e declarou guerra. O Norte era mais forte, melhor armado e tinha o apoio do presidente eleito em1860, Abraham Lincoln. A guerra durou quatro (1861-865) e morreram 600 mil   americanos (entre negros e brancos). Essa guerra ficou marcado na história dos Estados Unidos, principalmente depois que em abril de 1865, o presidente Lincoln, assistindo uma peça num teatro, em Washington, foi assassinado pelo ator da peça, que era do Sul e não se conformava de Lincoln ter assinado a abolição da escravatura nos Estados Unidos. De lá pra cá, tantos e tantos negros foram assassinados, covardemente, como aconteceu com Malcolm X, Martin Luther King. Freddie Gray, Walter Scott, Anthony Hill, Michael Brown e tantos outros, líderes ou não. Por aqui no Brasil, o negro é visto muito mais como um problema de conjuntura sócio-estrutural. Em função dessa desigualdade social, o negro tem menos emprego, menor salário, sofre maior violência, menos cultura, maior analfabetismo, sofre maior agressão policial, tem menos saúde, maior pobreza, a sociedade o vê como indolente, etc... Pode morrer Herinaldo Vinicius de Santana, André Luiz Parruda Goulart, Douglas Rodrigues, Lucas Custódio, Agatha Félix, João Pedro e tantas outras crianças, jovens ou adultos negros, em geral assassinados pela polícia, que a comoção é apenas momentânea, com reações de indignação.  A história de revolta do negro no Brasil   passa apenas pela formação dos quilombos. E quando se dará a cura do racismo? Mesmo com políticas públicas para combater a desigualdade, a cura está muito distante de acontecer, tanto aqui como lá!-

Brasileiros, estamos entregues às mãos do Covid-19

"Acabou, porra", afirmou o presidente da República, Jair Bolsonaro, na manhã de quinta feira passada, numa crise institucional sem precedentes em nossa história, entre as cúpulas do Poder Executivo e o Judiciário, justamente num momento crucial de uma crise sanitária, com 40 mil brasileiros mortos e cerca de 550 mil infectadas, colocando o nosso país como o epicentro global da pandemia do Covid-19. As conseqüências disso tudo, é o aumento da mortalidade da população mais pobre. A divulgação de uma pesquisa Datafolha no dia 27 de maio último, mostra uma grande rejeição a administração Bolsonaro 43%, mas ao mesmo tempo ainda o mantém uma média de bom presidente (33%), dada pelos seus correligionários, dando totais condições para que ele continue fazendo as suas ameaças diretas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a democracia. "Ordem absurda, não se cumpre", afirmou o presidente irritado porque a Polícia Federal, através de um inquérito do STF, está investigando as "fake news", espalhadas pelo grupo de Bolsonaro (composto pela sua família, deputados, empresários, correligionários, etc.) desde a campanha eleitoral de 2018, prejudicando sensivelmente os demais candidatos concorrentes. Caso o presidente não goste da atitude do STF, dentro da democracia há outros meios de contestação e não dizer que "Ordem absurda não se cumpre", dando a entender que ele é o dono do país.   A coisa está tão complicada no país que até o ministro da Justiça entende que "fake news" é legal, ao pedir o fim do inquérito das "fake news" e ainda defender o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por ter chamado "os ministros do STF de bandidos e pedir cadeia a todos. "A democracia no Brasil está no bico do urubu. Não há democracia sem um Judiciário forte e independente.

Qual a diferença entre liberdade de expressão e fake news?

Liberdade de expressão

É a garantia assegurada a qualquer individuo de se manifestar, buscar e receber ideias e informações de todos os tipos, com ou sem a intervenção de terceiros, por meio de linguagem oral, escrita, artística ou qualquer outro meio de comunicação.  A liberdade de expressão tem que ser exercida com responsabilidade e consciência. A própria Constituição não proíbe a liberdade de expressão, a livre circulação de ideias, a livre manifestação. Mas a mesma Constituição Federal autoriza a responsabilização se a notícia for danosa, direcionada a macular a honra de alguém, se a notícia for direcionada a influenciar resultados eleitorais. De acordo com o Código Penal, você poderá   ser enquadrado em crime de calúnia, difamação e injúria. Caso isto aconteça, é importante punir exemplarmente os culpados para garantir a livre circulação de ideias com responsabilidade que a democracia exige. Não resta dúvida que a liberdade de expressão é pilar fundamental de sustentação, condição essencial para a existência de uma verdadeira sociedade democrática.

Fake News

"Fake news", são notícias falsas, mentirosas, publicadas por veículos de comunicação como se fossem  informações  verdadeiras. Não é de hoje que mentiras são divulgadas como verdades, mas foi com o advento das redes sociais que esse tipo de publicação popularizou-se. O poder de persuasão das "fake news" é maior em pessoas com menor escolaridade e que dependem das redes sociais para obter informações. No entanto, as notícias falsas podem alcançar pessoas com maior escolaridade, dependendo do conteúdo. A imprensa internacional começou usar este termo com mais freqüência durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos, em 2016, na qual Donald Trump, com informações de conteúdos falsos, derrotou a candidata favorita, Hillary Clinton, e se tornou- o presidente "fake news", ou seja, se elegeu às custas de "mentiras". Aqui no Brasil, a eleição de Bolsonaro também teve o apoio muito forte das "fake news", com a agravante da prisão sem prova do candidato favorito, Lula, pelo então juiz Sérgio Moro. No STF há um inquérito das "fake news" no Brasil, envolvendo parlamentares, empresários, blogueiros, família do presidente, amigos do presidente. Evidentemente o presidente Bolsonaro não gostou do tal inquérirto saiu atirando por todos os lados, agredindo moralmente os membros do STF. Eis o que disse a jornalista Hildegard Angel sobre o assunto: " O desespero de Trump (EUA) e de Bolsonaro (Brasil) tem razão de ser. Sem "fake news", eles não se reelegem e nem conseguem se manter no poder. Eles não vão longe sem alimentar um ilusório universo de mentiras para enganar os trouxas. Sim, são como trouxas que eles veem os seus eleitores."- 

Coisas do Cotidiano

•  Parabéns à Globo News por dar oportunidade a seis jornalistas negros de mostrarem seus talentos nesta conceituada emissora;

• Corrupção e Falcatrua - Em 38 dias, governo federal anunciou em 47 sites de "fake news," sendo identificados mais de dois milhões de reproduções de anúncios do governo em canais inadequados. Como diz a jornalista Hildegard Angel: "Só mesmo com "fake news" para se reeleger ou manter no poder." Esses dados foram fornecidos pela Secretaria de Comunicação Social do governo federal;

• Tomando leite em lives, Bolsonaro reforça disseminação do símbolo da supremacia racial e  seu lado nazista. O leite representa o símbolo nazista da supremacia racial. Graças a Deus, 72% da população é contra armar a população como quer Boosnaro;

• Democracia Corintiana dá a largada no movimento a favor da democracia. O espírito de Sócrates, líder da democracia corintiana nos anos 80, veio nos ajudar. Casagrande, Wladimir, Zenon, jogadores politizados, também faziam parte desse movimento ideológico no futebol brasileiro; 

"Só" "fracos, doentes e idosos devem se preocupar com a Covid-19", diz Bolsonaro

Recentemente, o presidente da República em uma de suas afirmações esdrúxulas, disse "que só os fracos, doentes e idosos devem se preocupar com o Covid-19", ao defender o fim do isolamento social.  Cada vez que eu vou escrever sobre assuntos semelhantes, eu chego a ficar cansado, achando que estou até perdendo o meu tempo, tamanha é a irritação que toma conta de mim enquanto uso o teclado do computador. Mas ao mesmo tempo, eu não posso deixar de opinar, ficando a critério dos leitores suas opiniões sobre o que escrevi, observando no texto a atitude de desprezo do presidente Bolsonaro para com os brasileiros. Então, em rápidas palavras, vamos interpretar o que o presidente afirmou neste assunto. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísitica (IBGE), o Brasil possui cerca de 30 milhões de idosos, acima de 60 anos, do qual grupo o presidente Bolsonaro pertence, por ter 65 anos, deve se preocupar com o Covid-19. Mesmo no caso do presidente, um ex atleta, ex peito de aço, o enfraquecimento do organismo no idoso é inexorável. E quantos doentes nós temos?  Ninguém sabe. Mas se sabe que 14 milhões de brasileiros são diabéticos e 40 milhões de pré-diabéticos. -. Não esqueçamos que um em cada quatro brasileiros adulto, é hipertenso, ou seja, cerca de 25% da população adulta. Somos 50 milhões de hipertenso no país. .  Cerca de 58 milhões de brasileiros tem lombalgias, problemas cardíacos, neurológicos, câncer, etc. No Brasil, o Covid-19 está infectando na média, segundo dados, as pessoas entre 20 e 59 anos. Muito se falava que crianças e adolescentes eram apenas transmissores da doença. Nada disso, pois há um grande número de infectados e até mortes nesta faixa etária. Os imunodeprimidos, crianças, doentes graves, poderiam ser incluídos entre os fracos. Num cálculo grosseiro, temos mais de 180 milhões de brasileiros sujeitos a se preocuparem com o Covid-19. Como a nossa população é de 210 milhões, não seria melhor o senhor presidente,  se preocupar com todo o povo brasileiro contra o Covid-19, usando máscara, evitando aglomerações,  ao invés de ficar selecionando quem deve viver e quem deve morrer? Vamos evitar o genocídio, presidente!

Entrelinhas

***Pesquisa: de cada 10 brasileiros, 9 são contra as fakes news***"As "fake news", são uns vírus tão mortal quanto ao novo coronavírus. A vítima, que sufoca e morre de falência múltipla dos órgãos, é a Democracia. Se os representantes das leis não reagirem  com presteza e energia, eles vão meter os pés em nossas portas", afirma a jornalista Hildegard Angel.***Espalhar boatos, notícias falsas, nas redes sociais ou em outros meios de comunicação é crime. Pode ser enquadrado no Código Penal por calúnia, injúria e difamação.***"Sérgio Moro quando juiz, tinha investigação "seletiva" e "predileção"  pelo PT", de Lula e "protegia os políticos do PSDB." (Deputada Federal Carla Zambelli, bolsonarista, PSL-SP).

Dr. Juarez de Oliveira


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