Pingos e Respingos
Opinião do Blog
Nova Zelândia, um país governado por mulher, deu um grande exemplo ao mundo
Apesar de ser um país relativamente pequeno, com pouco mais de cinco milhões de habitantes, governada pela primeira ministra Jacinda Arden, 39, com um recorde de popularidade, tem o seu Ministério da Saúde e ela mesmo, um contato diário com a população, dando todas as informações sobre o Covid-19 para todo o país. As atualizações que ela apresenta ao povo de seu país de uma maneira clara, simples, com honestidade, além de mostrar tudo o que está sendo realizado para combater o vírus e ela mesmo procura dar o exemplo à população. A alegria da primeira ministra foi muito expressada sexta feira última, quando ela anunciou que há três dias não havia aparecido mais nem um caso do coronavírus no país e com uma recuperação de 95% dos 1.500 casos de infectados. Há mais de dez dias não morre ninguém por lá, com apenas 21 mortos desde o início da pandemia. Sem transmissão comunitária, a comunidade científica já afirma que é bem provável que aquele país tenha eliminado o Coronavírus. Mas a pergunta que todo o mundo faz, é qual a receita de tanto sucesso de Jacinda Arden para liderar a batalha mundial contra o Covid-19? Em primeiro lugar, a primeira ministra tem o recorde de popularidade no mundo, ou seja, a sua credibilidade junto ao povo neozelandês é total, o que é muito importante para uma situação como esta que se apresenta. Tomou medidas drásticas logo que o primeiro caso de coronavírus apareceu no país, mesmo sem nenhuma morte. Fechou todas as fronteiras, aeroportos, estradas, criou níveis de alerta a população, decretou um lockdown (reduziu em 41% a poluição do ar), permitindo funcionamento somente de postos de gasolina, farmácias, hospitais, mercados. Restaurantes, shoppings, lojas, comércio em geral, tudo fechado, sem delivery. Anunciou um apoio financeiro a população, num diálogo transparente, franco e aberto, com lives diárias. Testes para o Covid-19 em massa e um importante rastreamento sistemático de doentes foi colocado em prática. Diante deste novo cenário, a flexibilização de vários setores no país já foram iniciados, com abertura de lojas, cinemas, museus, viagens, escolas, etc. Se pensarmos bem, Jacinda não fez muita coisa diferente de nós. Em primeiro lugar devemos enaltecer a questão cultural do povo neozelandês, acompanhado de uma credibilidade muito forte de sua primeira ministra perante a população. Ordem dada, é ordem para ser cumprida. E fim de papo. Aqui no Brasil, além de termos uma população quarenta e duas vezes maior do que a Nova Zelândia, pesa muito também a questão cultural, assim como termos um presidente sem credibilidade, tosco, que mais atrapalha do que ajuda. Outro fator que pesa muito por aqui, é a desigualdade social. As pessoas usam pouco as máscaras, participam de aglomerações, saem de casa por nada, zombam da existência do coronavírus, usam caixões para gozação, exemplos estes, dados em forma de piadas, pelo próprio presidente da República. O resultado é que estamos beirando 300 mil infectados e chegando a marca dos 22 mil mortos.-É questão de dias, seremos o epicentro do Covid-19 no mundo.-
Morcegos, Coronavírus e o Desmatamento
Pesquisas feitas por biólogos da Universidade de Varsóvia,Polônia, por volta de 2016/2017, publicaram um trabalho por demais interessante sobre "Morcegos, Coronavírus e Desmatamento." Nesse trabalho, os biólogos relatam um grande desmatamento, conseqüentemente, a rápida destruição dos "habitats" dos morcegos, os quais muitos mudaram para a cidade, zona rural, disseminando o coronavírus, como o SARS-Cov e o MERS-Cov. Nesse artigo, os biólogos disseram que as casas dos morcegos nas florestas tropicais do Sudeste Asiático, com o desmatamento, reduziram em 50% a sua permanência na mata nos últimos 70 anos. Com isso, os morcegos, portadores de doenças, passaram a viver mais próximos dos seres humanos. Ainda em pesquisas sobre os morcegos, 31% dos vírus que os morcegos são capazes de transportar pertencem a as diferentes formas da família do coronavírus. O estudo desses biólogos terminou de uma maneira profética, ou seja,; "o risco de futuras doenças, associadas ao coronavírus que surgiram recentemente, deve ser considerado seriamente." Ainda neste diapasão, a quantidade de surtos de doenças infecciosas em todo o mundo tem aumentado em muitos na últimas décadas de acordo com um estudo realizado em 2014 por cientistas americanos da Brown University. Esses cientistas tem observados uma redução, quase que da metade da floresta em todo o mundo. O resultado é que a maioria desses novos surtos de doenças (60%) foram de origem animal (zoonótica ), incluindo aqui, os vírus Ebola, H1N1, Coronavírus e muitos outras espécies, em conseqüência de patógenos que transbordaram da vida selvagem para seres humanos. Dado a biodiversidades tão grande que o Brasil possui, associada as queimadas, desmatamentos, secas, atualmente com o apoio do governo federal, podemos imaginar num futuro não tão distante, as inúmeras doenças que os brasileiros e o mundo estarão sujeitos, podendo ser uma simples endemia ou até mesmo uma nova pandemia.-
Coisas do Cotidiano
• 81% dos brasileiros é a favor do isolamento social e até mais rígido. O cantor Roberto Carlos também defende esta ideia. Apenas 13% são contrários a medida;
• Parabéns Andréia Fumagalli. Ontem, quinta-feira (21) foi o aniversário de Andréia Fumagalli, secretária do Centro Clínico Paraná. Muito querida pelos familiares e amigos, Andréia recebeu muitos cumprimentos por redes sociais e telefonemas. Abraços desta coluna.
• 20 mil mortes e cerca de 300 mil infectados no Brasil pelo Covid-19. E em tom de piada, o presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro diz: "Quem for da direita toma cloroquina e quem for da esquerda toma tubaína". O que você acha disso?
• Pesquisa XP: 57% da população brasileira vê a economia no caminho errado e graças a Deus, Paulo Guedes está balançando, em processo de fritura. E 58% da população vê Bolsonaro como péssimo na condução da crise;
• A cloroquina e a hidroxicloroquina até agora não provaram nada de eficácia no tratamento da Covid-19. Pelo contrário, está provocando muita arritmia, parada cardíaca e morte. Mas o presidente e cientista Bolsonaro criou um protocolo para usa dessas drogas;
• Como sempre, bancos não atendem os pequenos empresários, fazendo muitas exigências. Com isso, aumenta o desemprego e a quebradeira;
• Farinha do mesmo saco - Na operação "Furna da Onça", Polícia Federal avisou o então deputado estadual Flávio Bolsonaro antes de deflagrar a operação, que envolvia Flávio Bolsonaro e o seu secretário, Fabrício Queiroz, no famoso esquema das "rachadinhas" na Assembleia Estadual do Rio de Janeiro. O advogado de Flávio Bolsonaro recebeu R$ 500 mil do dinheiro público. Ao não deflagrar tal operação, a Polícia Federal favoreceu Jair Bolsonaro, que iria disputar o segundo turno das eleições presidenciais de 2018. Coincidência ou não, o ex juiz Sérgio Moro, divulgou uma semana antes do segundo turno daquela eleição, um documento denunciando Antonio Pallocci (PT), prejudicando a candidatura do petista Fernando Haddad, em favor de Jair Bolsonaro. Seria farinha do mesmo saco?
• General Eduardo Pazuello, falando um inglês primário, como kids (crianças), na Organização Mundial de Saúde (OMS), escondeu até de uma maneira grosseira, um triste cenário do Brasil perante a pandemia do Covid-19. Ele afirmou que "o governo Bolsonaro dialoga com todos as esferas de poder e indicou o apoio de Brasília às diferentes regiões." Pazuello nomeou mais 13 militares para a sua pasta. Pobre Brasi!
• A atriz Marina Ruy Barbosa, tataraneta de Ruy Barbosa, resolveu sair da bolha para viver uma realidade e ajudar na desigualdade social escancarada pelo Covid-19;
• Regina Duarte não é mais a Secretária da Cultura. Centrão assume. Aliás, dentro do "toma lá dá cá", o Centrão vai engolindo o governo Bolsonaro;
• Mãe da cantora Anitta, com medo de pegar Covid-19, saiu de casa e foi morar com uma parente. Segundo ela, a vida de Anitta é uma zorra total, com 3 ou 4 na cama, pessoas diferentes dentro de casa, festas com freqüência. Ela achou que estava sobrando;
Hospitais, verdadeiros templos da terra
Quando é que nós poderíamos imaginar que um dia os hospitais seriam verdadeiros templos da terra, espaço sempre ocupados pelas igrejas de diferentes religiões. As igrejas podem ter riquezas, ouros, suntuosidades, não se conhece o sofrimento e pouco se dá valor à existência humana. Fala-se muito em Cristo, mas se faz muito pouco daquilo que o mestre nos ensinou. Já nos hospitais, com a pandemia do Covid-19, fica a evidência da igualdade social, ricos e pobres, brancos e negros, homens e mulheres, os ruins e os bons, os autoritários e os maldosos, enfim todos se misturam formando uma única comunidade, uma única irmandade. Quantas pessoas dariam tudo o que tem por um leito de UTI. Todos ficam despidos, tiram as máscaras e é dentro de um hospital é que se conhece o verdadeiro valor da vida. É lá que você chega a conclusão do que é um templo, onde você pode curar, cicatrizar as feridas de seu corpo e valorizar ainda mais a vida, fortalecer a alma e o ouro não simboliza nada. Pessoas morrem, mas muitas também sobrevivem. Quantas pessoas ricas pagariam fortunas para sobreviver. Assim é um hospital, hoje, palco de um verdadeiro teatro, onde a peça encenada, é a valorização da vida. "Dentro de um hospital você conhece a importância do que é viver e ter saúde" ( Dr. Miguel Srouge, Professor titular de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo ( USP).
Entrelinhas
***Muita gente pela cidade andando e correndo, sem máscara. Somente linha dura para resolver este problema. E os casos de Covid-19 aumentam em Nova Esperança. ***Luciano Hang (Havan), vendendo arroz e feijão, como produtos essenciais, quer abrir as lojas.***Presidente sempre cita a Suécia, país com cerca de 11 milhões de habitantes, como exemplo de país que não adotou o isolamento social. O país não fechou escolas e nem o comércio. Só que amarga mais de 4 mil mortos pelo Covid 19 e cerca de 35 mil infectados, até agora. Como se vê, o presidente está mal informado.*** O presidente ri, conta piada, no dia em que o país ultrapassa a marca de mil óbitos pelo Covid-19, em 24 horas." (jornalista Mirian Leitão)