Opinião do Blog

No Brasil, a fila, historicamente, é tratada como uma vergonha para quem as enfrenta

Várias vezes, a caminho de Maringá, faltando poucos metros para chegar ao pedágio, alguém, para não enfrentar fila, faz uma ultrapassagem até perigosa, deixando outros carros para trás. O antropólogo Roberto da Matta, em coautoria com Roberto Junqueira, escreveram um livro interessante chamado "Fila e Democracia," onde eles afirmam que "a fila é a primeira lição que temos dentro dos ambientes de relacionamentos, pois a gente entra no mundo fazendo fila." O jornal O Globo, de 9 de janeiro último, fez um comentário sobre os privilégios que já começam a surgir no país sobre a fila da vacina, reascendendo as questões dos dilemas éticos. Com a chegada das vacinas, a aguardada luz no fim do túnel, mesmo com a briga política do governador de São Paulo João Dória e o presidente Jair Bolsonaro, há uma grande esperança que possamos, enfim, combater a pandemia. Mas a questão da imunização já traz uma confusão sobre de quem é que deve vacinar primeiro, ou seja, como será a fila de vacinação. Depois das aglomerações, bebedeiras, todos sem máscara, sem higienização, com o número de mortos aumentando (já são mais de 200 mil mortos) e mais de 8 milhões de infectados, presidente Bolsonaro avisa que não haverá como imunizar todos os brasileiros em 2021. Aí começa os problemas da fila. Promotores de São Paulo querem prioridade para a vacinação juntamente com os seus familiares. STF, TST, Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, solicitam ao Butatan, milhares de doses da vacina Coronavac para os ministros, familiares, professores e funcionários. Numa pesquisa feita por 200 alunos de Medicina da FGV-Ethics concluiu o comportamento da sociedade brasileira afirmando que 30% dos entrevistados, furariam a fila do SUS de modo irregular, para conseguir remédio e vacinas, se houvesse uma oportunidade. Dilemas éticos como este, mostram como a fila na sociedade brasileira, é um elemento estrutural de nossa prática democrática. A fila incomoda muito a sociedade brasileira porque determina realmente uma igualdade social, a qual nós não fomos educados.   A cultura brasileira é uma cultura de elite e não suporta que o negro, o pobre, um reles empregado, tenha os mesmos privilégios que o rico. No caso da divulgação de um plano nacional de vacinação, cria problema para a elite, que não gosta de enfrentar fila. Para os ricos, não existe este parágrafo constitucional que "todos são iguais perante a lei." Para muitas pessoas, corrupção é só quando envolve dinheiro. Nada disso, Furar a fila também é um ato de corrupção. "A vacinação será um grande teste para saber se somos uma nação ou um amontoado de pessoas em um mesmo território," diz a professora de administração da Fundação Getúlio Vargas, Maura Costa.

Fracassou a tentativa de golpe de Donald Trump, após incentivar seus correligionários a invadirem o Congresso Americano (Capitólio) para impedir a ratificação de Biden como novo presidente dos Estados Unidos

Sob  o comando do  presidente fascista, Donald Trump, que achava que o poder não tem data para acabar, além de  querer enganar o seu eleitorado com a história de fraude eleitoral,  convocou os seus correligionários, ativistas, membros da extrema direita,  para invadirem e vandalizarem o Capitólio para não deixarem os deputados e senadores ratificarem a vitória maiúscula e humilhante do democrata Joe Biden, com mais de sete milhões de votos  e cerca de  70 Congressistas a mais que Trump, não deixando qualquer dúvida em sua eleição, fazendo maioria também na Câmara e no Senado. O líder no senado do Partido Republicano, Mitch McConnell, atacou duramente Trump por querer suborná-lo e disse: "Os eleitores, os Estados, a Justiça já se manifestaram dando a vitória incontestável a Biden. Quem  somos nós para mudarmos o resultado dessa eleição?" A convocação foi feita por rede social e após um  evento em Washington de apoio a Trump. Assim, o Capitólio virou um caos e mostrou mais uma vez, que a segurança americana não é tudo aquilo que eles pregam, cujas as falhas já foram demonstradas com a queda das torres gêmeas pelo terrorista Osama Bin Laden.  Na confusão, algumas pessoas foram baleadas e morreram cinco pessoas. Esta tentativa de golpe de Donald Trump para continuar no poder foi um verdadeiro ataque histórico a democracia americana. Trump é um dos homens mais ricos dos Estados Unidos, mas culturalmente não passa de um banana, de um medíocre, de um impostor, um fascista, um ignorante, um tosco, conforme afirmações de seus próprios partidários. Na realidade foi uma insurreição, e a atitude deplorável do presidente foi duramente criticada por todos os líderes mundiais (menos o presidente Bolsonaro por ser um capacho de Trump) e pelas lideranças americanas de ambos os partidos. 

Reino Unido corta definitivamente os laços com a União Europeia

Quinta feira, dia 31 de dezembro de 2020, o Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, depois de 48 anos, cortou definitivamente as suas relações com a União Europeia, após uma relação muito agitada para se tornar um país livre, com um futuro solitário e repleto de incertezas. Como disse o premier Boris Johnson, "a partir de agora, o Reino Unido está livre para seguir o seu caminho e agir conforme for melhor para o seu povo." Apesar de oficialmente não existir mais, o elo entre o Reino Unido e a União Europeia, a união ainda vai continuar por algum tempo devido aos diversos acordos que já haviam assinados e que estavam em andamento,  não esquecendo os compromissos com os 450 milhões de consumidores europeus que   terão que ser respeitados, como meio  ambiente, comércio, estudos científicos, faculdades, trabalhos, além dos direitos fiscais para evitar concorrência desleal. Tudo isso é para evitar o caos nos portos, barreiras, com a situação ainda mais complicada pela pandemia. Mesmo assim, os ingleses já estão estudando aumentarem os despachantes aduaneiros no principal porto do país no Canal da Mancha. A verdade é que o Reino Unido decidiu andar com as sua próprias pernas e querem ocupar um lugar de destaque no mundo pois são grandes produtores de máquinas de todos os tipos, equipamentos, automóveis, aviões, maiores companhias produtos de bebidas alcoólicas do mundo, equipamentos ferroviários, navais, equipamentos de comunicação, produtos eletrônicos, produtos químicos, tecidos, alimentos processados, peças de automóveis, turismo intenso, comércio com grande exportação, etc. Os ingleses sempre tiveram mais interessado nas vantagens financeiras que políticas, razão pela qual, sempre houveram conflitos com  as  outras nações, a começar por não aceitar o euro como moeda única, preferindo a sua libra esterlina. Em contrapartida, a União Europeia está preocupada em perder um de seus principais parceiros, o Reino Unido, com 66 milhões de habitante e mais de três trilhões de dólares, além de que outros parceiros   poderão ser estimulados a seguir o mesmo caminho do Reino Unido.

Coisas do Cotidiano

• Laura de Oliveira - Paulista de Santo André, Novaesperancense por adoção, a jovem é o exemplo de como deve ser um servidor público: eficiente e atenciosa, Laura faz o seu brilhante trabalho na Procuradoria Jurídica da Prefeitura Municipal de Nova Esperança. Parabéns Laura;

• Ford e Yoki fecham as fábricas e aumentam o desemprego.  Argentina ou Uruguai fornecerão os carros ao Brasil. A Ford foi a primeira a produzir carros no Brasil, em 1919. Há pouco tempo, foi a Mercedes que também fechou a sua fábrica no país YOKI também fechará a sua fábrica em Nova Prata, Serra Gaúcha e demitirá 300 funcionários;

• Pato Manco (lame duke) - é uma expressão anglo-saxão usada no século XVIII para taxar os políticos em final de mandato ou de carreira, quando eles não tem mais qualquer força política. É o caso de Donald Trump;

• Botijão do Gás de Cozinha de 13kg teve um aumento de 5% (oitava vez em seis meses), passando a custar de R$85 a R$90;

• Vítimas de irresponsabilidades - As vítimas do comportamento irresponsável de bebedeiras, aglomerações, sem máscaras, sem higienização das festas de final de ano, começam a aparecer nas estatísticas de infectados e mortos pela Covid-19;

• Banco do Brasil - Em processo de enxugamento, o Banco do Brasil inicia o seu plano de demissão voluntária;

• Jornalista Andrea Sadi - uma das maiores inteligência no jornalismo brasileiro afirmou "as indefinições das autoridades em cima do povo brasileiro sobre a questão da vacinação contra a Covid-19."  Dia D e hora H de Pazuello,  é uma linguagem militar que diz que não há  definição sobre o Plano de Vacinação Nacional;

• Salários atrasados - Milhares de médicos e outros profissionais bolsistas de saúde estão sem receber os seus salários há meses porque não acrescentaram esses gastos no orçamento da União para 2021.

Entrelinhas

***"O que aconteceu no Capitólio no dia 6 de janeiro último, com o aval do presidente e com a letargia da segurança do Capitólio, não foi somente um protesto extremo de apoiadores de Trump que não se conformavam pela humilhação que sofreram nos resultados das eleições americanas, mas sim, é a continuidade da reação branca nacionalista e fascista americana, contra os protestos antirracistas que varreram o país" (Jornalista Ronilso Pacheco). ***Bolsonaro está esperando chegar as vacinas da Índia para tirar as fotos políticas e depois iniciar a campanha de vacinação contra a Covid-19.