Opinião do Blog

Casos de feminicídios durante o final de 2020, mostrou o ápice de violência contra as mulheres

Indiscutivelmente, o assunto feminicídio, foi um dos mais dominantes no ano de 2020, principalmente, durantes as festas de final de ano, quando o número de casos aumentou assustadoramente. Primeiramente, vamos entender o que é feminicídio?  Trata-se do homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher (misoginia e menosprezo pela condição feminina, ou discriminação de gênero, fatores que também podem envolver violência sexual) ou em decorrência de violência doméstica. É importante salientar que a Lei do Feminicídio não enquadra, indiscriminadamente, qualquer assassinato de mulheres. Esta Lei só se aplica quando: 1) Violência doméstica ou familiar - Quando o crime resulta da violência doméstica ou é praticado junto a ela, ou seja, quando o homicida é um familiar da vítima ou já manteve algum laço afetivo com ela. Esse tipo de feminicídio é o mais comum no Brasil, como aconteceu recentemente com a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, estupidamente esfaqueada pelo ex marido, na frente dos três filhos menores do casal. 2) Menosprezo ou discriminação contra a condição da mulher - Quando o crime resulta da discriminação de gênero, manifestada pela misoginia e pela objetificação da mulher.

Lamentavelmente, já aparecemos nas estatísticas como o quinto país do mundo com o maior número de feminicídio, o que nos leva a crer, que a violência contra as mulheres já faz parte de nosso cotidiano. Durante a pandemia, uma mulher é morta a cada 9hs.  O país tem duas mulheres espancadas por minuto e um estupro a cada 8 minutos. Uma das fortes causas do nosso feminicídio é o machismo que está enraizado na cultura da família brasileira, o que faz sentido que os conflitos aconteçam muito nas festas de final de ano, onde há o maior convívio familiar e o homem quer mostrar o seu poder machista para os seus pares. O substrato dessa violência contra as mulheres é termos uma sociedade essencialmente patriarcal, em que há uma desigualdade estrutural, que inferioriza e subordina as mulheres aos homens, dando a eles a ideia de matar pela honra. O aumento na posse de armas, alcoolismo e drogas, são outros fatores que contribuem para o conflito e morte das mulheres. Na maioria dos casos, o feminicidio é porque a mulher quer a separação conjugal e o homem não aceita. A mulher quer iniciar um novo ano em sua vida pois já deu a chance devida ao homem. Os ânimos ficam acirrados e o homem pratica a agressão.  Muitas vezes as mulheres encontram juízes, advogados, promotores e outros operadores do direito que dão pouco ou nenhum valor as queixas que elas fazem por estar sofrendo violências domésticas. Não dão a devida medida protetiva, fazendo com que a mulher tenha medo de fazer a queixa. Recentemente, em São Paulo, o Juiz Rodrigo de Azevedo Costa, da Vara de Família, disse: "não estar nem aí para a Lei Maria da Penha," durante uma audiência sobre pensão alimentícia e guarda. Se a Justiça tivesse dado mais atenção a gerente da Caixa Econômica em Curitiba, pois ela havia feito várias queixas de agressão do ex marido, com certeza, ela não teria sido assassinada. Se você mulher, já sofre uma agressão e quer denunciar? Registre um Boletim de Ocorrência por Violência Doméstica em qualquer delegacia. Se ainda quiser, faça uma ligação para o número 180 que funciona 24hs. Em caso de emergência, ligue 190 e acione a polícia. As leis no país para os crimes de feminicídio são muito boas, mas precisavam ser executadas com mais energia e rapidez. Vale a pena citar que, em muitos estados nos Estados Unidos, se o sujeito dirigir embriagado, atropelar e matar alguém, ele vai para a cadeia imediatamente e, dentro de poucos dias, o caso é julgado. No mínimo 20 anos de cadeia o cidadão vai pegar, sem qualquer outro direito. Esta é uma das razões que você quase não se vê atropelamento e morte por embriaguez naquele país. Aqui no Brasil, o homem mata a mulher, cria-se aquela comoção popular, inicia-se uma discussão se ele ou ela estava com a razão, a mulher, por ser mais frágil, mais vulnerável, já é chamada de vagabunda, o homem é preso, logo em seguida é solto, vai responder em liberdade. O caso esfria e muitas vezes, por ser primário, permanece preso por pouco tempo e acaba em prisão domiciliar ou mesmo dando em nada. Sugestão desta coluna para amenizar o feminicídio: "fazer um fórum com a participação de todos os seguimentos da sociedade e a partir daí, estabelecer normas rígidas para os infratores. Caso contrário, vai ficar como está e somente o assunto vem à tona, quando o fato ocorre com uma mulher influente, como foi o caso da juíza Viviane Vieira, que mostra o retrato típico do feminicídio no país. 

Coisas do Cotidiano

• "Gente, o Brasil está quebrado e eu não consigo fazer nada," afirmou Bosonaro para os seus correligionários no cercadinho do Palácio do Planalto. Para jornalistas e economistas, o presidente demonstra "não entender nada de economia como ele já afirmou". "Tal atitude de Bolsonaro é para tirar o corpo fora e esconder a sua incompetência, fugindo das responsabilidades de um presidente." O jornalista da Uol, Leonardo Sakamoto, afirmou: "renuncie presidente Bolsonaro e dê o seu lugar para outro;"

• Ano 2021 - Estamos iniciando mais um ano e mais uma década. Esperamos que com a vacinação em massa, as coisas possam melhorar para todos nós. Feliz 2021a todos os leitores desta coluna;

• Escolas Cívico-Militares - A militarização das 215 escolas públicas no Paraná que terá início este ano de 2021, ainda vai gerar muitas discussões uma vez que as referidas escolas foram criadas à toque de caixa, sem uma ampla discussão com a sociedade, pais de alunos, professores, entidades representativas. Enfim, ninguém nem sabe como vai funcionar. Além do mais, cerca de 800 militares aposentados foram convocados pelo governo do Estado para fazerem parte da equipe, já recebem salários do governo e agora irão receber um salário adicional, tirando a chance de tantos professores de trabalharem. Na realidade esse modelo de escola foi criado para cercear as palavras de professores e a formação de cidadãos críticos. Assuntos como racismo, homofobia, feminismo, desigualdade social, questões políticas e outros, não mais poderão ser discutidos nas escolas. E pelo jeito, vacinação também não;

• Bolsonaro e Ministério da Saúde - são os grandes responsáveis por ainda não termos a vacinação em massa no Brasil, que é a única maneira de resolvermos a pandemia da Covid-19.  Sem negociações, estratégicas, boa vontade, interesse, competência, seringas, agulhas, acordo político, sem atitude do presidente, sem atitude do ministro e ainda mentindo para a população, enfim, não solucionamos nada porque nos falta atitude. "Governo brasileiro só vai comprar vacina para tirar foto"(jornalista Thais Oyama);

• Mínimo para R$ 1.100 - Pressionado, pois o salário mínimo já estava determinado em aumentar pouco mais de R$ 20 reais, o presidente autorizou o no valor, a partir de primeiro de janeiro, para R$ 1.100 reais;

• Deputada Argentina joga duro contra Bolsonaro - Após o presidente Bolsonaro fazer críticas a aprovação da Lei do Aborto na Argentina, a deputada feminista Ofelia Fernández disse: "Ninguém pediu a sua opinião sobre o assunto, e aproveito para dizer que não relaxe a sua guarda, pois a força latino americana do feminismo está em ascensão e se soma no Brasil a fúria por Marielle;"

• Quantos vacinados e nenhum jacaré - O contador de pessoas vacinadas contra a Covid-19, em tempo real, em todo o mundo, mostra que mais de 13 milhões já foram vacinadas e nenhuma virou jacaré. No Brasil, como nenhuma pessoa foi vacinada não entra na estatística.  Há pouco tempo. O presidente Bolsonaro afirmou que "viraria jacaré quem tomasse a vacina contra a Covid-19;"

• Que vergonha, Bispo Dom Alberto Tavera Correa, de Belém do Pará, que está sendo acusado por ex seminaristas. De abuso moral e sexual. Dom Alberto está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Vaticano;

• Sempre no Rio de Janeiro - No Réveillon, a menina Alice Pamplona da Silva de Souza, 5 anos, foi baleada e morta, no colo da mãe,  com um tiro no pescoço, de bala perdida, quando assistia a queima de fogos na comunidade de Turano, Rio Comprido, Zona Norte do Rio de Janeiro;

• Pesquisa Datafolha:  23% dos brasileiros querem a volta do voto em papel e 22% não querem se vacinar. Sem noção!

• Desemprego, sem auxílio emergencial e aumento de preços, vão trazer uma situação difícil para os pobres e para a economia do Brasil;

• Copos, pratos e talheres de plásticos descartáveis, estão proibidos de serem usados em lanchonetes, hotéis e restaurantes na capital paulista, a partir de 1º de janeiro de 2021;

• Clinicas de Vacinação Privadas, vão comprar cinco milhões de doses de vacinas da Índia contra a Covid-19 para aplicarem na população a um custo mais acessível. Tal atitude é uma tapa de luva nas autoridades do país pela incompetência na condução da pandemia do novo coronavírus;

Entrelinhas

***O que Trump está fazendo nos Estados Unidos, não querendo deixar o poder e mentindo para os seus correligionários, incitando-os a invadir a Casa Branca, é fruto de um governo fascista, não democrático. Lideranças mundiais já se manifestaram contrário a mediocridade de Trump. O Brasil, não. O que está acontecendo por lá é bom que o Brasil fique experto. ***Jornal o Estado de São Paulo iniciou contagem regressiva das horas para o fim do governo Bolsonaro, por considerar o pior governo da história nacional. Bolsonaro se elegeu para governar e não para destruir. A partir de primeiro de janeiro de 2021, faltarão  cerca de 17.500 horas***Comentários para não serem esquecidos: " O novo coronavírus trouxe é uma crise de histeria no país", "E daí?; "gripezinha não vai me derrubar;" "não sou coveiro;" "não acredito nestes números de mortos que a imprensa fala;" "Em abril, o vírus já está indo embora;"  "país de maricas;" "vamos todos morrer um dia;" "quem tomar a vacina poderá virar jacaré;" " mergulhei de máscara para não contaminar os peixinhos de Covid-19." Desde que o coronavírus chegou ao Brasil, o presidente Bolsonaro tratou publicamente com desdenho a crise. Até hoje, quando já atingimos 200 mil mortes e quase 10 milhões de infectados, as falas do presidente Bolsonaro continuam causando ultraje".