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Diário de ruínas existenciais


Por: Roberth Fabris
Data: 17/07/2020
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Num momento tão incerto e conturbado em que o mundo vive, devemos cada vez mais nos apegar a literatura para encontrar um escape e uma luz no fim do túnel, e para começar esta jornada de auto descobrimento convidamos os nossos amigos para descobrirem um livro premiado da Editora Penalux e que nos leva para o abismo da alma e nos calabouços mais dantescos e assustadores é que encontramos a força pra dar um grito que está preso em nossos seres.

Para quem ama literatura de qualidade, quem quer ir além do lugar comum e descobrir novas vertentes e talentos nacionais esta obra é inestimável de grande valentia e ardor.

Estamos falando de Diário da casa arruinada, onde o leitor vai se deparar com um protagonista que nos conta em forma do cotidiano e anotações as suas tempestades temporais e atemporais, o seu convívio com a família, com o seu eu e a sua grande e nebulosa vontade de escrever e se deparar com um tempo de expurgar os fantasmas de sua alma.

Quim, o protagonista da obra é um escritor frustrado que nos mostra entre maços de cigarros, determinação e naufrágios de escrita um estopim para enveredar pelas ruínas da vida.

Assim surge um escape para adentrar no jogo da vida, e com isso nos deparamos com um ser que está em nebulosa transformação, e não é à toa que nos faz dialogar com o tempo presente onde muitas pessoas estão dentro de seus lares mas ao mesmo tempo “esquecidas de quem são de verdade”, e assim somente por meio da literatura e da margem de seu tempo que o autor, o leitor e o protagonista vão se encontrar, numa barca chamada livreiro e numa casa que é o seu ponto de embarque. 

Tiago Feijó consegue por meio da intertextualidade e com as referências literárias dos grandes mestres como Manuel Bandeira, Machado de Assis, Drummond e Homero instigar o leitor a querer descobrir mais de seu diário e das suas páginas que parecem vazias, mas são repletas de significados e turbulências.

Quim cada vez mais mergulha na sua dor e entre trevas e misérias se descobre a verdadeira fornalha que existe dentro de um mísero escritor. Formidável e ao mesmo tempo inquietante.

Uma obra digna de se ler e deleitar-se para vivenciar a psicologia da literatura e do ser humano, para desvendar quem somos de verdade e mesmo com um final perturbador e inquietante o livro se torna um dos grandes às da nova safra de talentos brasileiros.

Leia mais e descubra que no porão desta casa inquietante de tempestades existe também um diário de luz no fim do túnel, ou não...

Onde encontrar:

www.editorapenalux.com.br

 

E nas melhores livrarias do país, reserve já a sua obra e descubra a mente de Quim

Roberth Fabris

Roberth Fabris é crítico de cinema e artes, Mestre em Letras, arte educador, autor da obra aclamada pela crítica e público O Retorno do Pequeno Príncipe, e da obra prima Xeque Mate, que agrada gregos e troianos, e idealizador do projeto cultural Mundo Gee


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