Brincadeira é coisa séria
A infância é a fase mais importante de nossas vidas. É nesse período que construímos nosso caráter e nossos princípios. É uma etapa onde podemos acertar e errar sem medo, pois estamos em construção, e é desta forma que construiremos quem seremos no futuro.
A brincadeira tem um papel fundamental que é o de permitir que a criança crie situações e aprenda a cada brincadeira. Independente da fase em que a criança se encontra, serão diversas as brincadeiras em que irá reproduzir o modelo do adulto e isso ajudará no seu amadurecimento sadio. Quando etapas da infância são puladas essa criança pode se tornar insegura, imatura para determinadas situações, pois não teve a oportunidade de vivenciar essas situações no brincar.
Brincadeira de criança deve ser levada a sério, tanto as lúdicas quanto as educativas, têm um importante papel no desenvolvimento saudável da criança e para sua vida psíquica, uma vez que a ajudam a desenvolver habilidades cognitivas, físicas, sócio-afetivas e morais, além de auxiliar na estruturação de suas vidas emocionais.
As brincadeiras e os jogos infantis também podem ser considerados facilitadores do processo de aprendizagem das crianças. Nelas as crianças aprendem, por exemplo, a contar, a classificar, a ordenar, a discriminar, a traçar estratégias, solucionar problemas, etc. Além de aprender diversas regras sociais e, a partir delas, a regular seu próprio comportamento. Também estão relacionadas ao desenvolvimento dos sentidos, da coordenação motora e corporal, do movimento, do equilíbrio e da imagem corporal.
Por meio das brincadeiras e de seus simbolismos as crianças são capazes de aprender e reelaborar o universo ao seu redor. Também desenvolvem uma vida imaginária mais rica, podendo expressar e representar seus sentimentos e ideias, por meio de metáforas e da fantasia, brincando com temas próprios de sua realidade psíquica.
O brincar também pode ser uma forma da criança expressar seus medos, ansiedades e conflitos, na tentativa de explicitá-los e encontrar maneiras de solucioná-los e elaborá-los internamente. Assim, aprendem que podem intervir na realidade e até transformá-la. Além disso, as brincadeiras funcionam como atividade prazerosa em si mesma e que leva a satisfação e realização pessoal.
Por: Luiza Graziela Santos Dias