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Educar por Amor ao Mundo


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 07/04/2020
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                Antes de mais nada, deve-se ressaltar que o processo de educar ultrapassa em muito a simples transmissão de informações ou o acúmulo de conhecimento, no qual muito pouco ou quase nada causa algum efeito de mudança, não produzindo nesta conformação nenhum impacto de transformação nos sujeitos. E refiro-me ao ato de transformação não apenas no seu sentido individual, mas principalmente no âmbito do coletivo.

A educação também não se limita a uma formação para o mercado de trabalho ou de especialistas em alta tecnologia. Obviamente, não se está negando a sua importância, contudo deve-se atentar que a educação de um ser humano necessita cada vez mais voltar-se para a própria experiência com o mundo. Portanto, uma experiência educacional que não se enclausura em prédios, livros ou mesmo nas redes sociais. A partir desta forma de educação, que seja possível buscar modos de mudar e abandonar a nossa padronização de humanidade ou de inumanidade, visto que esta torna-se uma ameaça intensa ao mundo que todos nós compartilhamos.      

O ato de educar apresenta o sentido de se conduzir de um modo de ser para outro, modificando concepções, cosmovisões e direções no interior do mundo. E há muito, pesarosamente, o compartilhamento do mundo por nós, entre nós, perdeu muito de seu sentido de responsabilidade e afastamo-nos do cuidar dele. De realmente amá-lo exatamente pela nossa condição de existirmos no mundo. Infelizmente, não nos apercebemos no todo. Não nos compreendemos como uma biocomunidade plena de convivência entre nós humanos e com os “não-humanos” (natureza como um todo).

Passando por experiências como a da pandemia do Covid 19, precisamos refletir e mudar inclusive a formação das gerações que estão por vir, para que possamos pensar um novo tipo de humanidade e praticar formas de existência mais criativas para a expansão da vida. Estilos de existência esteticamente mais saudáveis, evitando-se modos de agressividade contra a necessidade de expandirmos nossa vitalidade. Penso que está mais do que na hora de nos conscientizarmos que educar não pode se resumir a erudição ou formação técnica, mas deve sim influenciar na constituição de novas relações e renovar este amor pelo mundo que partilhamos, para não o perder definitivamente. Um outro ponto imperativo passa pela necessidade de se estabelecer uma visão de educação coadunada com uma prática mais ampla e menos fixada no ser humano enquanto centro de tudo, podendo ser este um elemento essencial para uma importante mudança.


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