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Solidão O que podemos aprender com ela?


Por: Jaiva Suelen
Data: 15/09/2020
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Já dizia Facundo Cabral: “Não fuja da solidão, pois através dela você chegará no seu centro, é através dela que você se conhecerá. E esse é o primeiro passo para o voo que antecede a iluminação.”

Dentro de cada um de nós há uma sabedoria infinita, porém, só é possível acessar essa sabedoria quando paramos para escuta-la. Ela fala conosco, ela sabe todas as respostas, a questão é que, nós não a escutamos porque sentimos uma inquietação tão grande na alma que buscamos estímulos externos para nos distrairmos o tempo todo, o que nos afasta ainda mais do nosso centro, e nos leva cada vez mais para a superfície, que é o lugar turbulento das inquietações. 

Então, precisamos de ainda mais distrações e mais estímulos externos, na esperança de aliviarmos essa ansiedade da alma. Assim, como uma bola de neve, vamos nos afastando cada vez mais da nossa essência que é o lugar onde esta a paz verdadeira, onde estão as respostas, a quietude e a plenitude que nos faz sentir tão plenos e leves, como se não precisássemos de mais nada, porque tudo ao nosso redor começa a fluir naturalmente. 

Não parece bizarro procurarmos preencher o vazio da alma por caminhos que só aumentam esse vazio? É como aquele velho ditado: “Dar murro em ponta de faca.” É muito esforço para pouco resultado. 

Tudo isso porque não conseguimos ficar a sós com nós mesmos. E eu não estou falando de solidão, de se afastar das pessoas e viver sozinho em um mosteiro. Estou falando de solidão, de momentos que você para tudo para se dar ouvidos, para estar com você, para se dar atenção (como você faz com outras pessoas), para silenciar a mente e ouvir a voz deste sábio que existe dentro de você. 

Não, a resposta que você está buscando não está fora, está dentro. O vazio e a solidão da sua alma não serão preenchidos por coisas externas, nem por outras pessoas, porque a maioria delas estão tão vazias quanto você. Elas não têm nem para elas mesmas, estão sedentas. Então como alguém pode dar o que não tem? As coisas, as distrações externas e as pessoas podem nos acrescentar, nos complementar em algumas áreas, mas preencher com plenitude, não. Pelo menos não por muito tempo. 

Porem, enquanto não entendermos isso, viveremos como mendigos emocionais, sentados em cima de um baú cheio de pedras preciosas, mas vivendo essa pobreza na alma, simplesmente por não nos darmos conta da riqueza que está disponível abundantemente dentro de nós. 

Parece bom demais ou simples demais para ser verdade? Então experimente. Você só saberá se experimentar e perseverar, todos os dias, nem que seja um pouquinho por dia, pois, como disse Confúcio: “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.”

Jaiva Suelen


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