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Criança que nasceu com medula exposta faz a primeira aplicação com células tronco


Por: Alex Fernandes França
Data: 07/02/2020
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Nicole, garotinha, de apenas três anos, moradora em Nova Esperança, nasceu com uma má formação chamada mielomeningocele, que atingiu sua coluna vertebral. Ela iniciou, no Paraguai, o tratamento com células tronco.  A primeira, de uma série de três aplicações, foi considerada um sucesso pela equipe médica. 

Uma nobre causa sensibilizou nos últimos meses a população de Nova Esperança em prol da pequena Nicole Picon Ramineli. Ela possui mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida aberta, que deixou expostas suas meninges (membranas da espinha), a medula óssea e as raízes nervosas, por isso ela não consegue andar. 

Sem condições financeiras para arcar com os custos do tratamento com células tronco, que custa cerca de 15 mil dólares, algo em torno de R$65 mil, a família vem recebendo o apoio de diversas instituições religiosas além de doadores particulares. Metade desse montante foi conseguido, possibilitando que no último dia 28 de janeiro Nicole, acompanhada pelos pais Adriana e Cristiano, fosse submetida à primeira aplicação, que teve um custo de R$21 mil. 

O tratamento não existe no Brasil e está sendo realizado em Ciudad Del Este Paraguai. Nicole não realiza nenhum movimento da cintura para baixo. Ela não tem controle da parte digestiva e, por isso, faz o uso de sondas. A menina fala normalmente, mas não anda e vive em uma cadeira de rodas. Nicole faz fisioterapia, pelo menos três vezes na semana, para fortalecer os membros e tem o acompanhamento de fonoaudiólogos e médicos.

Apesar de ser visto por muitos  como experimental, existem relatos de casos idênticos em que pacientes na idade da Nicole que foram submetidos à aplicação e que já começaram a evoluir satisfatoriamente. Os pais contam que quando souberam da doença foi um desespero. “Descobrimos que a Nicole tinha mielomeningocele quando eu estava grávida. A ultrassonografia em 3D não mostrou nada anormal na cabeça. Mas, quando o médico avaliou a coluna, foi choro de desespero, de tristeza, de (não saber) como ia ser. A doença foi uma surpresa. Dizem que foi falta de ácido fólico, mas eu nem sabia que isso existia”,  explicou Adriana Veiga Picon, mãe da Nicole, que esteve na tarde de quarta-feira (05), na redação do Jornal Noroeste. 

 “O envolvimento da imprensa e dos moradores da cidade e região em nos ajudar em prol desta causa está sendo fundamental. Só Deus sabe o que passamos, mas vamos vencer. Nossa esperança é de que de 06 meses a um ano após o procedimento cirúrgico a Nicole já possa dar seus primeiros passos”, finalizou Adriana. A próxima aplicação com células tronco está agendada para o dia 05 de março deste ano. A família, que não dispõe de todos os recursos segue contando com o apoio da comunidade. Informações: (44) 99827-6102 (Adriana) e 99904-2659 (Cristiano). 


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