Biodigestor transforma resíduos em energia e fertilizante em escola de Atalaia, promovendo sustentabilidade e educação ambiental
Parceria entre Itaipu Binacional, prefeitura e secretarias municipais leva inovação e consciência ecológica para a comunidade escolar.
A Escola Municipal Vânia Maria Simão se destaca como modelo de sustentabilidade, transformando resíduos em energia e conhecimento, enquanto ensina uma nova geração a construir um futuro mais verde e consciente
Sustentabilidade, economia e educação andam juntas na Escola Municipal Vânia Maria Simão, em Atalaia. Graças à instalação de um biodigestor, os resíduos orgânicos da merenda escolar estão sendo transformados em gás para cozinhar e em adubo para agricultores locais. A iniciativa, financiada pela Itaipu Binacional por meio do programa Itaipu Mais que Energia, é a primeira do município e já mostra resultados positivos, reduzindo custos e servindo como ferramenta pedagógica.
Como funciona o biodigestor?
O equipamento recebe restos de alimentos e outros materiais orgânicos, que passam por um processo de decomposição sem oxigênio (chamado digestão anaeróbia). Essa reação produz:
- Biogás: utilizado na cozinha da escola, substituindo o gás de cozinha convencional e reduzindo custos.
- Biofertilizante: rico em nutrientes, distribuído a agricultores da região, fortalecendo a agricultura local.
Além desses benefícios, o sistema evita que o metano – um potente gás de efeito estufa – seja liberado na atmosfera, contribuindo para a redução das mudanças climáticas. O biodigestor também diminui a quantidade de lixo enviada a aterros sanitários, fechando um ciclo sustentável de aproveitamento de resíduos.
Biodigestor na Escola Vânia Maria Simão de Atalaia transforma restos de comida em gás sustentável e adubo, unindo economia, educação ambiental e agricultura local
Parceria que gera impacto
O projeto foi viabilizado por meio de um edital da Itaipu em parceria com a Caixa Econômica Federal, com investimento de R$ 21.398,00, cujo valor global inclui o biodigestor e a instalação/treinamento. A iniciativa envolve ainda a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e a Secretaria de Educação, integrando ações que vão desde a produção de energia limpa até a educação ambiental dos alunos.
Carlos Carboni, diretor de Coordenação da Itaipu, destacou a importância da iniciativa: "As alterações climáticas já se fazem presentes. Com o biodigestor na escola, Itaipu dá uma importante contribuição para que as crianças aprendam sobre as mudanças necessárias no nosso estilo de vida para diminuir as emissões e a poluição."
Educação e futuro sustentável
Além dos ganhos econômicos e ambientais, o biodigestor se tornou uma ferramenta pedagógica. Os alunos acompanham todo o processo, desde a separação dos resíduos até a produção de gás e fertilizante, aprendendo na prática sobre reciclagem, energias renováveis e consumo consciente.
A expectativa é que o projeto inspire outras escolas e comunidades a adotarem tecnologias sustentáveis, mostrando que pequenas ações podem fazer a diferença no combate às mudanças climáticas e na construção de um futuro mais verde.

