Titanic, o naufrágio da soberba e o submarino Titan: lições que aprendemos com a volta ao passado!
Em um passado distante, o mundo testemunhou uma tragédia monumental que abalou a confiança na engenharia e na arrogância humana: o naufrágio do RMS Titanic. No entanto, mesmo com essa terrível lição do passado, a história recente nos mostra que nem sempre aprendemos com os erros cometidos. O naufrágio da Soberba, como ficou conhecido o evento envolvendo o Titanic e a trágica implosão do submarino Titan, que desapareceu no dia 18 de junho, com cinco pessoas a bordo, são exemplos recentes de como o orgulho e a falta de cautela ainda podem ter consequências fatais.
O Titanic, um dos navios mais icônicos e luxuosos já construídos, afundou no Atlântico Norte em 14 de abril de 1912, levando consigo mais de 1.500 vidas. A embarcação foi considerada "inafundável", mas a combinação de excesso de confiança, falhas de projeto e negligência levaram à sua trágica perda. O desastre do Titanic destacou a necessidade de práticas de segurança mais rigorosas e conscientização sobre os limites da tecnologia.
Decorridos 111 anos testemunhamos uma história semelhante ao naufrágio da Soberba quando fomos confrontados com mais uma tragédia: a implosão do submarino Titan. Cinco pessoas que embarcaram em uma expedição rumo aos destroços do Titanic perderam suas vidas em uma missão perigosa. Embora as investigações ainda estejam em andamento, indícios apontam para possíveis falhas técnicas e negligência na manutenção do submarino. Mais uma vez, nos perguntamos se o orgulho e a imprudência estiveram presentes, ignorando os sinais de perigo e desconsiderando os riscos envolvidos.
Nas redes sociais foram postadas mensagens de reflexão do tipo: “o Titanic nos ensina que voltar ao passado pode ser arriscado demais”. Esses eventos trágicos destacam a necessidade contínua de aprender com o passado. É essencial que a busca por inovação e avanço tecnológico esteja sempre acompanhada de cautela, responsabilidade e priorização da segurança. As lições ensinadas pelo naufrágio do Titanic não podem ser esquecidas, e precisamos constantemente reforçar a importância de implementar protocolos rigorosos, treinamento adequado e avaliação de riscos em todas as áreas da engenharia e exploração marítima.
É igualmente crucial reconhecer que nenhum ser humano, por mais habilidoso que seja, é infalível. O orgulho e a soberba podem obscurecer nosso julgamento e levar a decisões imprudentes. Devemos sempre valorizar a vida humana acima de tudo, colocando a segurança como prioridade máxima em qualquer empreendimento.
Além disso, é fundamental que haja uma cultura de transparência e responsabilização. As empresas e organizações envolvidas em atividades de alto risco devem ser rigorosamente supervisionadas e regulamentadas por agências competentes. A prestação de contas deve ser uma prática constante, garantindo que não haja espaço para negligência ou desvios de conduta.
A comunicação também desempenha um papel fundamental na prevenção de desastres. É preciso criar canais eficazes de informação e troca de conhecimentos, para que os profissionais envolvidos em atividades de risco estejam sempre cientes dos perigos e possam tomar as medidas necessárias para garantir a segurança de todos.
A história trágica do Titanic e a implosão do submarino Titan lições sombrias de que a complacência e a arrogância podem ter consequências devastadoras. Devemos aprender com esses eventos e buscar constantemente melhorar nossos processos, práticas e regulamentações. Somente assim poderemos evitar tragédias desnecessárias e proteger as vidas daqueles que confiam em nós para garantir sua segurança.
Portanto, é hora de refletir profundamente sobre essas lições dolorosas e fazer as mudanças necessárias para garantir que a história não se repita. A segurança deve ser um valor inegociável em qualquer empreendimento humano, e a humildade deve ser a base de nossa abordagem em face dos desafios que a natureza e a tecnologia nos impõem. Afinal, a preservação da vida humana é a responsabilidade que temos conosco e para com as gerações futuras.
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” – Provérbios 16:18
· Alex Fernandes França é Administrador de Empresas, Teólogo, Historiador e Mestrando em Ensino pelo PPIFOR – UNESPAR