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Voluntárias semeiam flores ao longo da trilha do Jardim Botânico Municipal: “embelezamento ímpar”


Por: Alex Fernandes França
Data: 29/07/2021
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Antigo Parque das Grevíleas, o Jardim Botânico de Nova Esperança está passando por uma ampla transformação. Voluntárias se engajaram no Projeto e estão contribuindo ainda mais para o embelezamento das trilhas centrais, com o plantio de flores e outras plantas de espécies diversas.

Aposentadas, as professoras Maria de Lourdes Polizelli Nonciboni e Rachel Silvestre Correa Guandalin estão se dedicando ao plantio de diversas espécies nativas e exóticas ao longo da trilha pavimentada do bosque – o coração do Jardim Botânico Municipal

A Lei 2.722 de 06 de abril de 2021 alterou a denominação do Parque Municipal, conhecido por Parque das Grevíleas instituindo o Jardim Botânico de Nova Esperança, composto de viveiro para produção de mudas de árvores nativas e frutíferas do nosso bioma, estufas para produção de mudas de flores, trilhas de caminhada e ciclismo, museu histórico, auditório e área para compostagem para adubação de hortas comunitárias, canteiros de flores nas  praças e avenidas da cidade.

Com objetivo de promover a pesquisa, a conservação, a preservação e a educação ambiental e o lazer com a finalidade de difundir o valor multicultural das plantas e sua utilização sustentável, o espaço vem despertando a atenção de um grupo de voluntárias que, sensibilizadas pelas causas ambientais, sentiram-se na obrigação de exercer plenamente a cidadania e, após autorização do poder público constituído, se engajarem em um projeto inovador e que promete dar muitos frutos, ou melhor, flores e folhas.

Aposentadas, as professoras Maria de Lourdes Polizelli Nonciboni (bióloga) e Rachel Silvestre Correa Guandalin (língua portuguesa) durante uma conversa informal tiveram a brilhante ideia de iniciar o plantio de diversas espécies nativas e exóticas ao longo da pavimentada trilha do bosque – o coração do Jardim Botânico Municipal. Outras voluntárias foram se achegando, participando de forma ativa nas ações. A professora “Lourdinha” explica: “sempre caminhava no entorno do Parque pela área externa e quando a parte interna ficou pronta passei a andar pela nova trilha, jogando sementes por onde eu passava. O prefeito Moacir Olivatti falou do desejo de plantar diversas espécies ao longo da trilha e comecei a ajudar neste sentido. Um belo dia estava em casa e a Rachel me ligou falando que desejava caminhar nas trilhas e começamos a andar juntas e ela se apaixonou pela natureza exuberante que aqui existe. Hoje ela está entusiasmada e com ideias brilhantes”, frisou.

“Eu sempre caminhava no entorno do Parque pela área externa e quando a parte interna ficou pronta passei a andar pela nova trilha, jogando sementes por onde eu passava. Aos poucos outros voluntários foram se achegando e se unindo neste propósito”, explicou a Professora de Biologia, Maria de Lourdes Polizelli Nonciboni

            As amigas já plantaram espécies conhecidas como Crista de Galo, Girassóis, Beijinhos, Comigo ninguém pode, dracenas, crótons, gengibres ornamentais, que dão flores belíssimas, suculentas dentre outras, e utilizam como cobertura e adubação para as plantas, o produto orgânico resultante do processo de compostagem. O município reutiliza os restos de podas coletadas e flores das árvores espalhadas pela cidade para assim produzir a custo baixíssimo adubo orgânico de excelente qualidade, rico em nutrientes para o solo. 

           Entrevistado por nossa equipe, o prefeito Moacir Olivatti parabenizou a iniciativa do grupo e destacou: “um ponto crucial que buscamos em outros Jardins Botânicos espalhados pelo Brasil diz respeito à gestão e administração. Por meio da lei que instituiu o nosso, está previsto que o diretor do Parque tem que ser uma pessoa da livre iniciativa, que não faça parte do quadro de funcionalismo do município e que tenha conhecimento em alguma dessas áreas, que seja apaixonada pelas causas ambientais, lembrando que não há qualquer remuneração para ocupação dessa função. A ideia é que o voluntariado se propague ainda mais e assim que pudermos abrir oficialmente os espaços para fazer palestras e caminhadas com os alunos das escolas do município. Isso vai render frutos muito rapidamente e no futuro nosso Jardim Botânico não terá como dono principal o município e sim a população”, explicou.

Espécies adequadas ao ecossistema

            As voluntárias disseram a preocupação em introduzir espécies que sejam adequadas àquele ecossistema. “Além da resistência ao clima, são adaptáveis e de fácil cultivo. O prefeito tem acompanhado nossas ações e dispensado total apoio. Nosso grupo também conta com a bióloga Rauana Santander, Professora Simone Gaona e a  Fisioterapeuta Gabriela Pissinatti”, ressaltou Lourdinha Polizelli.

            Em conversa com a reportagem a professora Rachel disse da importância da ação voluntária: “quando a gente pensa em fazer algo para a comunidade imagina-se que será para a população apenas, mas quando começamos a agir vem a grande descoberta que o bem é feito a nós mesmos. Participar vindo aqui e ter esse contato diário com a natureza é algo recompensador. Isso alimenta minha própria existência e me faz muito bem. Sou sem dúvidas a maior beneficiada, muito embora a intenção é fazer o bem para a sociedade nova-esperancense. Os funcionários do Viveiro estão dando todo o suporte necessário para nossos trabalhos e em breve a comunidade nos verá visitando algumas casas para pedirmos mudas de algumas plantas para colocarmos no Parque”, disse.

Em conversa com a reportagem a professora Rachel Silvestre Corrêa Guandalin disse da importância da ação voluntária: “quando a gente pensa em fazer algo para a comunidade imagina-se que será para a população apenas, mas quando começamos a agir vem a grande descoberta que o bem é feito a nós mesmos”, frisou

            As amigas voluntárias carregam em seus bolsos, sementes de plantas e flores e durante a caminhada lançam ao longo da trilha, além claro de executarem o plantio direto no solo das  mudas  de portes maiores.  Elas chegam a passar mais de três horas no interior da mata e estimam que já foram semeadas mais de 2 mil plantas.

            Ao caminhar pelas trilhas que cortam a densa mata, o visitante melhora a sensação de bem estar e poderá em breve contar com o embelezamento que as flores e plantas que estão em processo de germinação e formação, vão lhe proporcionar. É o Jardim Botânico Municipal fazendo jus a seu novo nome.

Girassol vermelho: embelezamento natural às margens da trilha interna do Jardim Botânico de Nova Esperança

 

 


Anuncie com Jornal Noroeste
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